O primeiro trabalho de degelo foi lançado a 6 de outubro e toca em aspetos como ilusão, perceção e vazio, numa fusão entre samples, guitarras ou a sua própria voz.
É com “Degelo” que Pedro Ruela Berga começa a contar a sua história. Lançado este mês, o EP homónimo do músico lisboeta quer “fundir a estética e a dinâmica do post-rock com as ferramentas que a música eletrónica e o computador em particular permitem explorar”, contou à A Cabine.
São quatro músicas com a “mesma raiz”, repletas de “samples, sintetizadores, beats misturados com guitarras, delays e reverb”, tudo isto acompanhado pela voz do próprio. As letras e a composição musical “aguardavam produção” há algum tempo e, em 2017, degelo começou a dar passos nesse sentido. As gravações tiveram lugar no seu home studio, com a ajuda de Pedro Simões (ESCUMALHA e metade dos RLGNS), que fez a mistura.
Nada, À Minha Imagem, Estrondo e Apologia compõem a “espiral da descontrução” de Degelo. Entre referências a Heidegger, da “frustração de ver o mundo como uma constante ilusão” surge a criação, numa oportunidade para a “invenção” do ‘eu’ e, “por consequência, do próprio mundo”.
Com masterização de Iuri Landolt, “degelo” já está disponível através de plataformas como Spotify, Youtube e Bandcamp.
Fotografia por Miguel David
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