O livro, em formato fanzine, foi editado pela Holuzam este mês.
“Uma história a acontecer e uma por contar”, escreve a Holuzam nas redes sociais. E não é para menos. Lançada no dia 1 de dezembro, a primeira edição em papel da editora lisboeta é um livro em formato de fanzine dedicado à Cliché Música.
“A ideia para escrever um livro (…) surgiu quando há cerca de um ano e meio conhecemos o Rui e o João da Cliché”, conta André Santos via email. Antes disso, a Holuzam acabou por estar sempre ligada a esta antiga loja e editora no Bairro Alto, recorda Santos: “o nosso primeiro lançamento foi o ‘Belzebu’, dos Telectu, o último do catálogo [desta] editora.”
Apesar do catálogo curto, a Cliché Música pôs outros lançamentos cá fora para além desse disco seminal, como é caso de trabalhos de The Raincoats ou de Young Marble Giants. Tudo aconteceu “durante breves anos no início da década de 1980”, pode ler-se em comunicado.
No entanto, nem isso impediu o projeto de Vera Futscher, João Pinto Nogueira, Maria Helena Redondo e Rui Pavão de se afirmar como “talvez a primeira editora independente séria em Portugal, tal como se conhece hoje o termo ‘independente’ e a estética a ele associada.”
Agora, graças a conversas com Rui Pregal da Cunha, Ricardo Saló “e outras pessoas que frequentavam a loja”, a Holuzam “tentou reconstruir a história completa, que começa afinal em Londres, fruto do contexto sociopolítico próprio do Portugal das décadas de 1960 e 70.” Limitada a 200 exemplares, esta fanzine sobre a Cliché Música está disponível para compra na Flur Discos, em Lisboa.
Também há pouco tempo, recorde-se ainda, a Holuzam fechou os seus lançamentos de 2022 com as seguintes adições ao catálogo: “Play Off”, de Vasco Mendonça & Drumming GP, “Quaternity”, de Bruce, e “Ripples On The Surface”, de Tiago Sousa.
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