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Elétrico: cinco nomes imperdíveis

18 Julho, 2018 - 12:30

Com o arranque do festival Elétrico marcado para sexta-feira, Daniel Duque e Francisca Urbano sugerem cinco djs que não podes perder.

A primeira edição de Elétrico acontece este fim de semana, de 20 e 22 de julho, no Parque da Pasteleira, no Porto. Por entre cerca de 20 artistas, A Cabine escolheu cinco nomes para prestares especial atenção durante o festival.

Call Super, Fumiya Tanaka, Honey Dijon, Larry Heard e Nicolas Lutz foram cinco dos músicos que nos deixaram particularmente indecisos, mas por diversos motivos, como presenças recentes em Portugal, decidimos deixá-los de parte nesta lista de sugestões.

1. Zip
Zip é Thomas Franzmann, dj, compositor, produtor, enfim, um nome incontornável da cena minimal e micro-house das últimas duas décadas. Exímio selecionador, é cofundador da Perlon, a mítica editora alemã e principal influenciadora do movimento de culto em torno do lado minimalista. A Perlon conta hoje com mais de 20 anos de existência e 116 lançamentos – maioritariamente em vinil – tendo editado trabalhos de artistas que marcaram uma geração, como Ricardo Villalobos, Akufen ou Thomas Melchior.

Atualmente, Zip é presença assídua nos exclusivos clubes Robert Johnson, em Offenbach, e Panorama Bar, em Berlim. Em Portugal, atuou em 2017 na primeira edição do Lisboa Electronica, mas a estreia no Porto é este sábado 21.

2. Delano Smith
Delano Smith nasceu em Chicago, mas foi em Detroit que cresceu e que, pela década de oitenta, assistiu à emergência do techno como um novo estilo. Smith faz parte de uma geração de djs que iniciou uma revolução musical cujo legado perdura até hoje.

A música de Delano Smith é uma elegante combinação de house e techno – claramente influenciada pelas cidades onde viveu – mas muitas das produções circundam o deep house. Atualmente, para além de gerir a sua própria editora, a Mixmode Recordings, e de trabalhar com a berlinense Sushitech Records, Smith toca frequentemente em clubes e festivais um pouco por todo o mundo. Sexta, dia 20, é a vez do Elétrico receber a magia do homem americano.

3. Peggy Gou
Peggy Gou é, inevitavelmente, um dos atos mais interessantes dos últimos tempos. Rapidamente assumiu-se não só como uma dj na qual podemos confiar para nos fazer dançar com sonoridades acid, house ou techno, mas também como uma exímia produtora, tendo-nos presenteado com o fantástico EP Once na Ninja Tune, ou com o remix da clássica At Night de Shakedown mais recentemente.

A sul-coreana está baseada em Berlim, mas a agenda de Peggy Gou obriga-a a estar constantemente em viagem. No último dia de Elétrico, domingo 22, Gou viaja até ao Porto, mas a maior aventura será certamente a dos presentes, que podem contar com a dj e produtora a encerrar o festival durante 2h.

4. Rhadoo
É certo que Rhadoo esteve no Lux Frágil a 2 de março, mas é inevitável sugerir o dj e produtor romeno como um dos momentos imperdíveis do festival Elétrico. Afinal, além de estar no meio há mais de 20 anos, é um dos verdadeiros impulsionadores da música eletrónica no seu país.

Ao lado de Raresh e Petre Inspirescu, com que formou a editora [a:rpia:r] e o trio RPR Soundsystem, chegou a fazer, numa altura menos ativa da Roménia, viagens de 24 horas, entre ida e volta, para ir a Praga comprar discos. Hoje, leva consigo na bagagem uma vasta experiência que certamente significa nada mais, nada menos, do que um estonteante set de 1h30m no Parque da Pasteleira.

5. Mafalda
Sentimos a obrigação de incluir um português nesta lista, e Mafalda saltou logo à vista. Talvez por não estarmos habituados a vê-la por terras lusas, talvez pelos discos raros que deve trazer consigo… Mas principalmente porque é garantia de muito groove – seja através de música desse estilo ou não – e, acima de tudo, escolhas excecionais.


Baseada em Londres, Mafalda é, ao lado do britânico Floating Points, uma das responsáveis pela Melodies International, editora que se foca em reedições de música “especial e relativamente desconhecida”. Presença nas edições de este ano de festivais como Nuits Sonores ou Dekmantel, não se deve esperar música carregada de ímpeto, mas isso não quer dizer que vamos estar parados durante o início da tarde de domingo.

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