Um dos 7 Magníficos deixou-nos esta semana.

Figura carismática do Porto, Vicente Pinto de Abreu faleceu esta semana aos 53 anos. A causa da morte não foi divulgada publicamente, mas inúmeros amigos e conhecidos da cidade têm recorrido às redes sociais para expressar o seu pesar.

A biografia disponível no site da Alínea A, onde chegou a tocar em diferentes ocasiões, explica com clareza quem foi o portuense, pelo menos enquanto homem dos discos: “Vicente Pinto de Abreu foi desde sempre um apaixonado e um consumidor compulsivo de música. Tendo iniciado tarde a sua actividade como DJ (2000), a partir daí começou uma actividade regular com actuações em diversos espaços como o Pitch Club, Maus Hábitos, Plano B, Passos Manuel, Armazém do Chá, Café au Lait, Embaixada Lomográfica, Praia da Luz, Café na Praça, entre outros. Tanto ‘a solo’ como inserido no colectivo os 7 Magnifícos”, que partilhou com Carlos Moura, Chico Ferrão, Miguel Dias, Pedro Mesquita, Rui Pimenta e Pedro Tenreiro.

No mesmo texto, lê-se ainda que “o ecletismo da sua colecção reflecte-se na música que passa, sendo que a procura do ambiente ou das reacções das pessoas, seja feito essencialmente seguindo as variantes da música urbana com raízes negras como o soul, funk, disco, hip-hop, reggae, bogaloo, afro-beat, numa mistura de géneros que reflectem as a suas idiossincrasias musicais.”

Além de DJ, colecionador e, como Keso descreveu, “uma verdadeira enciclopédia de música e cinema”, Vicente Pinto de Abreu era formado na Faculdade de Economia do Porto. Citado pelo site Rimas e Batidas, Pedro Tenreiro, companheiro de Vicente nos 7 Magníficos, exprimiu que “gostava de acreditar que — como canta Robert Wyatt, um dos artistas favoritos do Vicente, nesta enorme canção [At Last I Am Free] dos, também seus eleitos, Chic — isto possa ter sido, para ele, uma qualquer forma de libertação. Não me despeço porque aqui ele vai morar sempre”.

Direitos de imagem reservados