AUTOR

Daniel Duque

CATEGORIA
Artigo, Notícias

Em fevereiro, o novo espaço Sonoro Club é inaugurado em Freamunde

22 Janeiro, 2020 - 12:10

É já no próximo mês de fevereiro que um novo clube dedicado à música eletrónica abre no concelho de Paços de Ferreira.

O próximo dia 8 de fevereiro, sábado, marca a inauguração do novo espaço Sonoro Club. Localizado no Largo de Santo António, em Freamunde, Paços de Ferreira, o projeto está a cargo da The Last Supper, uma promotora “que se move pela promoção da arte e da cultura como forma de luta pela descentralização e pela sustentabilidade”.

Para a sua primeira noite, o Sonoro Club irá contar com os DJs João Carvalho, João Moura e TM, confirmações que refletem a “estratégia muito simples” que a equipa quer tomar, “a de trazer artistas conceituados na região e a promoção de novos artistas locais e não só”, segundo declarações dos fundadores da The Last Supper, Fábio Estrela e Diogo Arantes, à A Cabine.

É claro que “o objetivo a longo prazo é conseguir trazer referências cada vez maiores, quer nacionais, quer internacionais, e levar o nome do Sonoro, da cidade, da região e de quem cá passa o mais longe possível”, mas, antes disso, é preciso dar os primeiros espaços “para dinamizar e recriar um espaço fechado há vários anos”. “O convite do proprietário” surgiu “após a organização de vários eventos ligados à música eletrónica na região”, como é caso do segundo “Sozinho Na Missa”, com que a promotora tomou conta do Mosteiro de São Pedro de Ferreira no Natal.

“O Sonoro é um club intimista, criado a pensar nos verdadeiros amantes da música eletrónica, nas pessoas que saem para ouvir boa música, naqueles que premeiam e se guiam pela qualidade e genuinidade musical acima de tudo”, explica a organização. “Sem zonas VIP, sem seleções e sem distinções sociais”, o novo espaço abre uma vez por mês e quer que, “desde o momento da entrada até ao momento da saída, todo o espaço conduza cada indivíduo a uma viagem coletiva”.

“Nada foi feito para agradar a grandes massas, tudo é pessoal e toda a arte presente em cada canto, recanto e pormenor foi criada por artistas e membros da comunidade The Last Supper, assim como quem visitará o Sonoro terá o seu espaço para ajudar a escrever a história do club nas suas paredes”

As razões para abrir apenas uma vez por mês recaem sob o facto de a equipa não querer “massacrar um mercado que não tem as dimensões de outros centros”, nem de querer “cair numa rotina que possa atraiçoar a sua identidade e filosofia” – “desde o design do espaço à construção de cada line up, todos os fatores têm o objetivo de criar ligações naturais com aqueles que amam realmente a música eletrónica e procuram algo genuíno”.

Questionada acerca do seu papel em Freamunde, Paços de Ferreira e cidades vizinhas, a organização refere que “não só o Sonoro Club, como a The Last Supper em geral, nascem da necessidade urgente que sentem de promover arte e cultura nos meios que não pertencem aos grandes centros, como Porto e Lisboa, ou mesmo Coimbra e Braga”. “Queremos fazer mover o melhor que aparece nos grandes centros até aos mais pequenos e o fenómeno inverso em simultâneo”, acrescentam, mencionando ainda que “não é preciso ‘criar’ valor nos meios interiores e rurais porque ele existe e sempre existiu, apenas é preciso promovê-lo e cruzá-lo com o que de melhor se faz nos meios mais urbanos”.

E é por tudo isto que, ainda antes da abertura oficial a 8 de fevereiro, o Sonoro Club propõe-se desde já “a ser a referência em toda a área do Vale do Sousa, assim como a inspirar outros projetos semelhantes a ganharem força em realidades” idênticas.

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