“Cosmophonia”, do vimaranense Dada Garbeck, está cá fora desde a semana passada.
Editado pela Discos de Platão, de que Rui Souza é fundador, “The Ever Coming Part III – Cosmophonia” é o mais recente trabalho do músico que assina como Dada Garbeck. O álbum sucede a primeira e segunda parte desta série, editadas em janeiro de 2019 e março do ano passado, respetivamente.
Para além dos sintetizadores do diretor do Teatro da Didascália, há outros músicos a participar neste “Cosmophonia”. São eles João Mortágua, que é um dos saxofonistas que Rui Souza “mais admira no jazz contemporâneo”, o trompetista Ricardo Formoso, o baterista Pedro Gonçalves Oliveira e as vocalistas Filipa Torres e Alexandra Saldanha – esta última esteve também por trás das letras.
Segundo o próprio em entrevista à Revista Rua, esta terceira parte de “The Ever Coming” simboliza o momento em que o homem “transcendeu”, em que “já está lá em cima”. Numa “tetralogia que se baseia na ideia do eterno devir, da circularidade e da conceção de que não existem círculos iguais”, as duas primeiras partes retratam “um homem de cabeça reta” e, na segunda, a “olhar para cima”.
Na mesma entrevista, Rui Souza explica que essas partes “são também, de alguma forma, autobiográficas, na medida em que retratam a ligação passada com a música erudita e a música sacra”. Afinal, o seu trabalho “é inseparável de si”: “a minha música é por si só um objeto que existe independentemente do tempo. Ela nunca terá tempo. Se não, falhei”, conta ainda o vimaranense.
O novo disco pode ser encontrado nas mais variadas plataformas, incluindo Bandcamp.
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