AUTOR

Daniel Duque

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Lançamento, Notícias

Filipe Felizardo e Yann Gourdon juntam-se em “La Langue de l’Ophiolite”

16 Fevereiro, 2021 - 16:17

Com ajuda da Trás-os-Montes Records, Filipe Felizardo e Yann Gourdon trazem até nós o resultado de uma aventura de três dias.

Em julho passado, a propósito do trabalho que Filipe Felizardo assinara pela Discrepant, Vasco Completo escreveu sobre o “experimentalismo noise/ambient” do músico lisboeta, afirmando que os “paradoxos são bem-vindos”. Agora, também a sincronicidade de “intuições e corações” do português e do francês Yann Gourdon é bem-vinda.

Com as portas deste mundo marcado por drones abertas desde 4 de fevereiro, dia de lançamento do álbum “La Langue de l’Ophiolite”, é possível convergir numa “densidade de linguagens tímbricas e poéticas dos instrumentos [da dupla] num ponto de todos os retornos, expandido pela observação da geologia de Macedo de Cavaleiros e Podence”, pode ler-se em comunicado.

Por aqui, a guitarra elétrica de Filipe Felizardo e a vielle à roue (ou sanfona, em português) de Yann Gourdon criam “drones que resultam de um afincado estudo de duração, duma termodinâmica harmónica – pois quando tocam é como que um maelstrom microtonal – e dos erros deliciosos que advêm de infatigável repetição e persistência”.

Com este disco, Filipe Felizardo, que já lançou por editoras como a three:four ou a Wasser Bassin, e Yann Gourdon, membro do coletivo La Nòvia e de projetos como France e Toad, propõem uma obra na qual “os pontos cegos da nervura ótica e sónica são o vetor serpenteante de verdade extática que os músicos visam estabelecer com quem escuta”.

“La Langue de l’Ophiolite” é fruto de “um convite recíproco de ambos, ocorrido há já sete anos”, e concretizado graças à editora deste trabalho, a Trás-os-Montes Records, que “providenciou que os dois músicos pudessem finalmente encontrar-se e tocar quase ininterruptamente durante três dias”.

Com uma tiragem de 200 exemplares em vinil, o álbum, que pode ser encontrado na lisboeta Flur, na portuense Matéria Prima e no Bandcamp, conta com fotografia de André Cepeda na capa e inclui “um folheto no interior com notas de produção, fotografias de André Príncipe e uma entrevista aos músicos conduzida por Jean-Jacques Palix”.

Fotografias retiradas do Facebook da ZDB

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