Tinha mais de 30 anos de carreira e era uma referência para DJs de todo o mundo.
Lutava há um ano contra uma doença grave. Claudio Coccoluto tinha 59 anos e morreu esta madrugada, em seio familiar, segundo a imprensa italiana.
Reconhecido a nível internacional, o italiano era considerado por muitos um dos DJs mais importantes da Europa. Misturava house e adentrava-se também pelo dub ou experimental. Autor de várias produções e remixes, Claudio Coccoluto fundou a label The Dub em 1997, ele que assinou também a “I Music Selection”, série de DJ mixes em formato CD. Apelidava a sua música de “underground”.
Nasceu em Gaeta, em 1962, e começou no DJing por brincadeira aos 13 anos, na loja de eletrodomésticos do pai. No fim dos anos 70, estreava-se na Rádio Andrómeda, o primeiro serviço de broadcasting privado na sua terra natal, que se tornaria no seu emprego pouco depois. O percurso pelas pistas teve início numa discoteca chamada Seven Up em Gianola, à qual se seguiram atuações em Roma a convite de Marco Trani, outro nome imponente deste universo, falecido em 2013. Ao lado de Giancarlo Battafarno, foi co-fundador da Goa, uma discoteca em Roma com 25 anos de história.
Coccoluto participava ativamente em eventos europeus. Autor do livro autobiográfico “Io, DJ”, foi o primeiro DJ do Velho Continente a atuar no nova-iorquino Sound Factory Bar. Passou sets na rádio Deejay, sob o pseudónimo C.O.C.C.O., que misturava ao vivo sem deixar de parte a interação com os ouvintes. Chegou a candidatar-se ao partido político La Rosa nel Pugno, em 2006. Em 2018, marcou presença no documentário “Vinilici: because vinyl loves music”, dirigido por Fulvio Iannucci. Durante o confinamento, foi uma das vozes mais ativas na consciencialização sobre as dificuldades que o setor atravessava.
Numa das muitas homenagens feitas ao artista, está a construção de um memorial em Cassino, anunciado esta segunda-feira pelo município.
Fotografia retirada do Facebook do artista.
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