Para beber de “Sete Fontes”.
Chama-se “Sete Fontes” porque são sete temas e porque era nesse parque que dava muitos dos seus passeios. O novo disco de Homem Em Catarse é o reflexo de caminhadas infindas pelos cantos da cidade de Braga, pautadas pela melancolia e o vazio do confinamento. “Sete Fontes” saiu esta sexta-feira e está disponível em formato digital, em cassete (com selo Regulator Records) e em vinil (com selo Golden Pavilion).
Piano, field recordings e sintetizadores: assim se compõe a mais recente odisseia espiritual do multi-instrumentista Afonso Dorido, com o contributo de Francisco Oliveira e mistura de Budda Guedes. Do pêndulo da sé à nascente do este, pairamos como fantasmas por uma cidade deserta, paisagem essa que se eleva na capa do álbum, desenvolvida por Maria Salgado e Micaela Amaral.
Mais do que uma banda-sonora para devaneios, “Sete Fontes” é um “disco de exploração sensorial e emocional pessoal”, segundo revela em entrevista ao ComUM. Trata-se de um disco “completamente diferente” dos anteriores por acolher, pela primeira vez, Homem Em Catarse sentado em frente a um piano. Mas nem por isso foge à essência: mantém a emoção que lhe é característica e que outrora conhecíamos apenas através da guitarra.
Foi aos 14 anos que Afonso Dorido começou a tocar guitarra clássica. Desde então, fez da música lar e cimentou-se como multi-instrumentista, havendo já lançado múltiplos mapas sonoros. Em 2018, editou “Viagem Interior”, ao qual se seguiu “sem palavras | cem palavras”, em 2020. Entre vários instrumentos e sonoridades, explora também o ambient e o slowcore, como é o caso de “Guarda-Rios”, “Mergulho no Cávado” ou ainda “Monchique”.
Realizado no âmbito do projeto “trabalho da casa” do gnration, “Sete Fontes” dá som e vida a lugares reais e feitos memória. Já está disponível no Bandcamp e nas habituais plataformas de streaming.
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