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Daniel Duque

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Serralves recebe primeira exposição de Christina Kubisch em Portugal

27 Outubro, 2021 - 15:42

Até abril do próximo ano, é possível encontrar três instalações de Christina Kubisch no Museu de Serralves.

Desde a terça-feira passada, o Museu de Serralves, no Porto, é palco para a primeira exposição de Christina Kubisch em Portugal. Até abril do próximo ano, três instalações vão estar expostas em diferentes espaços do museu, tudo isto no âmbito do eixo programático “Projetos Contemporâneos”.

“Exemplo dos trabalhos [da alemã] que recorrem à indução eletromagnética”, The Greenhouse (A Estufa, de 2017) conta com uma nova versão desenhada para Serralves. Neste caso, “ao público, munido de auscultadores, é dado acesso à paisagem sonora que emerge dos cerca de 1.500 metros de cabos suspensos na Galeria Contemporânea do Museu”, tudo isto numa envolvência entre “sons naturais e sintéticos”, segundo comunicado.

Brunnenlieder (Canções da Fonte, de 2009) é uma peça na qual “se fundem sons naturais – quer do local do Parque de Serralves onde se instala quer de gravações – com citações musicais da canção folk Ein Brunnen vor dem Tore reunidas sob o signo e plasticidade sonora da água.”

Para a Capela da Casa de Serralves, a artista trouxe Silence Project (Projeto Silêncio, de 2011), um trabalho que se foca “numa linha de investigação e prática artística de Kubisch que aborda questionamentos materiais, conceptuais e culturais do silêncio”.

Nesta instalação, Christina Kubisch tem “como base uma coleção de gravações das palavras que significam ‘silêncio’ em cerca de setenta línguas” e até a obra “4’33’’”, do compositor John Cage. Aqui, a alemã desdobra o projeto em dois trabalhos: “um que parte das imagens de sonogramas destas palavras” e “outro que inclui uma vídeo silenciosa onde fundem essas imagens e a uma instalação sonora assente na espacialização de uma composição das gravações das palavras”.

Christina Kubisch é tida como “uma das artistas sonoras mais relevantes da contemporaneidade”. A alemã nasceu em Bremen em 1948 e “faz parte da primeira geração de artistas sonoros”.

Estudou pintura, música e composição, foi professora em escolas em Berlim, onde mora e trabalha, ou Paris, mas é principalmente pelo seu trabalho, no qual “tenta fundir artes áudio e visuais por forma a criar experiências multissensoriais”, que é reconhecida internacionalmente.

Por entre outros prémios, um dos destaques vai para o Giga-Hertz Award, do ZKM, que lhe será atribuído em novembro próximo.

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