AUTOR

A Cabine

CATEGORIA
Notícias

Já há nomes confirmados para o Boom Festival de 2021

30 Julho, 2020 - 15:42

A edição de 2021 do Boom Festival conta com muitos nomes, como habitual, incluindo uma série de DJs e atos portugueses.

A cada dois anos, o Boom Festival ilumina o lago de Idanha-a-Nova com uma atmosfera cósmica onde as cores e as músicas se entrelaçam numa celebração da vida, da arte e da natureza. Na sequência da pandemia de COVID-19, a nova edição foi agendada para 2021, e já se conhecem muitos dos nomes e conceitos que vão inspirar as várias dimensões da continuação deste reinado psicadélico.

Com temática assente na realidade antropocénica, o Dance Temple abre portas ao trance, pois claro, logo no primeiro dia. Mais de 50 artistas vão pisar este palco, numa homenagem coletiva ao universo. Abyss Ooze, Animalien, Astrix e Ace Ventura são alguns dos nomes presentes. Segue-se um despertar dos sentidos ocultos com ritmos mais clássicos desta batida intemporal, com forest, goa e neo-goa para dar e vender. No terceiro dia, descortinamos o melódico rumo do full-on numa festa também povoada pelo trance psicadélico e pelo psy progressivo. Quase a acabar, nos “Horizons of Consciousness”, no dia quatro, será hora de twisted forest e grooviness, com ritmos que não acabam. Por fim, celebra-se a abundância do ser num registo borderless do estilo que arquiteta este palco.

Nos Chill Out Gardens, a serenidade sopra uma brisa sublime ao som de psy bass e organic soundscapes. Com início no terceiro dia do festival, o palco fornece uma jornada sonora repleta de nomadismo espiritual que remonta às primeiras civilizações. Por entre workshops e terapias, várias caras portuguesas vão ser à atmosfera mais chill do festival. Rui Vargas pisa o palco com um set de 4h30, juntando-se Cigarra, Zen Baboon, Enko e ainda Surto, duo de Switchdance e Carlos Maria Trindade. Caminhamos pelo Código de Hammurabi num balanço dos sistemas sociais, no dia quatro, antes de chegar à revolução industrial, no dia cinco, e às teorias do karma, que encerram o sexto. Também Rui G e Apart integram o lado mais calmo do cosmos/universo do Boom, a par de The Lions (Afonso Macedo e David Rodrigues) e Burnt Friedman com João Pais Filipe. Tudo isto numa abordagem regenerativa da perspetiva antropocénica, a fechar com a chave de ouro da dissolução do ego no sétimo dia, que encerra este festival.

Sob a lua cheia, a música vinca também o propósito de unidade no Alchemy Circle. É um palco caracterizado pela eletrónica eclética que dá vida a um cenário onírico. A cortina abre com uma mistura de bass, glitch, techno e neo-trance. Nomes como Symbolico, Gusta-vo b2b Amulador, Egomorph e mais de 40 outros artistas que vão encher o palco de energia. No dia dois, as cores e a luz dançam ao ritmo de techno cinemático, e comemora-se o laço cósmico entre deep e psy-techno no terceiro dia.

Já no palco Sacred Fire, a oferta é um retorno às raízes, recheado de ritmos orgânicos de todo o mundo. Os xamãs do fogo ancestral são nomes como Afro Groove Collective, Club Makumba, Norberto Lobo ou João Gomes, também conhecido como Mad Face, que alimentam a chama sagrada junto de 20 outros artistas. Também é digna de nota a plétora de workshops que afirmam o Boom como agente ativo na difusão cultural, nacional e não só. Esta secção de pedagogia alternativa está a cargo de Brennan Blazer Bird, Cristina Moreira, Diana Matoso, Maria João Silva Pereira, Matiu Te Huki e Ori Gaming.

Apesar de carecer ainda de confirmações concretas, há muito mais do que oferta musical no Boom. Com um programa cultural diverso e repleto de novas maneiras de olhar o universo, o festival garante espaço para uma galeria de arte com variadas instalações artísticas, performances de dança com espaço próprio, convívios culturais e ainda uma tenda dedicada à presença de ONGs onde se darão a conhecer as lutas e causas que alimentam o espírito de regeneração coletiva do Boom Festival.

O Boom Festival, com duas décadas de existência, decidiu declarar 2020 como um “ano de regeneração”, apelando à comunidade Boomer (os festivaleiros, não a geração) que não desista de fazer do mundo um lugar melhor.

O programa completo do próximo ano está disponível no portal do Boom Festival. Podes consultá-lo aqui.

Texto por Carina Fernandes e David Rodrigues

Fotografia por Rúben José

relacionados

Deixa um comentário







t

o

p