AUTOR

Daniel Duque

CATEGORIA
Podcast

N’A CABINE #010: URZE

31 Agosto, 2018 - 19:16

O décimo episódio do podcast mensal N’A CABINE conta com o jovem valenciano URZE a misturar música durante cerca de uma hora.

URZE é Alexandre Urze Afonso, jovem de 23 anos natural de Valença, em Viana do Castelo. Na realidade, tudo começou quando começou a ouvir músicas guardadas num computador do irmão mais velho, por volta do ano 2008, mas “nessa altura mal sabia o que era música eletrónica, só tinha 13 anos”. Quando descobriu o que isso era, tudo mudou, claro. “Como dj, só em 2011 é que as coisas começaram a nascer”, diz-nos.

Continua por dizer que descobriu “um controlador antigo que tinha em casa”, e assim começou a “imitar os sets dos artistas que mais gostava, a tentar fazer as mesmas passagens”. No entanto, o prato do dia foi drum’n’bass durante cerca de cinco anos. Isto antes de se aventurar no mundo como URZE. Considera-se “bastante eclético”, mas adianta que prefere “um pouco mais” de tech house, d’n’b e hip-hop.

“O que me atraiu para este mundo é uma pergunta para a qual não tenho resposta, mas o que me mantém é poder transmitir a minha felicidade para as pessoas na pista de dança”, conta-nos URZE. Joseph Capriati não é o dj que o jovem valenciano mais gosta de ouvir, mas é aquele com quem mais se revê, “principalmente pela versatilidade dos seus sets, que tanto podem ser recheados de groove e basslines suaves, como de energia de techno, ou então uma viagem entre o techno e o tech house, que são sem dúvida os que mais gosta”.

URZE acredita que a aventura pelo drum’n’bass se reflete nos seus sets: “não gosta de prolongar muito o tempo das músicas e tenta sempre que existam poucas quebras, que tudo seja ‘corridinho’ para que o público não pare de dançar”. Existem alguns pormenores com que se preocupa, mas não tem “nenhuma fórmula” em concreto. À excepção de um podcast, por exemplo, Alexandre nunca prepara um set do início ao fim. Toca sempre “de cabeça levantada para ter uma boa leitura do público”, e perde “mesmo muitas horas à procura de músicas novas”.



Sou uma pessoa muito extrovertida e confiante, o que me leva a interagir muito com o público, que é algo que na minha opinião faz muita diferença. […] Mas sem dúvida que o elemento chave é a felicidade com que faço os meus sets e que tento transmitir ao público para que dancem com um sorriso na cara.

No entanto, URZE não se dedica apenas à sua carreira. Dia 1 de setembro, a RSJ comemora o seu quarto aniversário, um projeto que começou “apenas por tentar fazer a festa que muitos de nós tivemos vontade de fazer mas nunca se concretizou”. Agora que ultrapassaram essa barreira, a organização quer continuar a “tentar cultivar a cultura da música eletrónica” numa zona que URZE sente estar a crescer passo a passo.


Assim, Alexandre Afonso tem-se focado em mostrar ao país aquilo que faz. Também se quer dedicar às produções, “algo que já fiz no passado, mas nunca a 100%”. Até lá, “decidiu mostrar o que é o URZE a tocar” neste podcast, dividindo o set por partes: “começa com uma onda mais groovy a oscilar entre o house e o tech house, passando depois para tech house mais virado para a pista de dança e, para acabar, umas batidas a roçar o techno”.

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