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As 15 melhores faixas entre janeiro e junho

3 Agosto, 2019 - 18:05

A nossa equipa escolheu 15 músicas nacionais que foram especialmente importantes durante a primeira metade de 2019.

Desde Bass Tool de Bleid até Tripper de DJ Ze MigL, foram muitas as emoções que estas faixas nos transmitiram. Claro que outras também nos marcaram, mas estas 15 revelam aquilo que mais nos tocou até à data.



Bleid – Bass Tool

Bass Tool é mais do que uma… Bass Tool. Mariana Fernandes assina esta brilhante faixa na primeira compilação do coletivo lisboeta 00:NEKYIA, que estreou em janeiro e que conta com a participação de mais de 20 artistas. Ao longo de aproximadamente cinco minutos, esta música assume-se como uma autêntica trip da qual é difícil de sair. Consumam com moderação pois pode revelar ser altamente viciante.


Temudo – Sacred Deer And Hereditary

O primeiro EP de 2019 do prolífero dj e produtor torreense saiu na EarToGround Records. Sacred Deer And Hereditary é composto por cinco faixas, mas foi a música homónima que nos moveu especialmente. Apesar de não ter tanto vigor quanto muitas das suas outras produções, não deixa de ser altamente intensa à sua maneira. Ideal para build-ups mas imprópria para cardíacos.


Photonz & Shcuro – Sherman 2

Sherman 2 grita pela reminiscência das raves nos anos 90. Uma faixa extremamente intensa e robusta, editada na editora alemã Future Deja Vu, pelas mãos de Photonz e Shcuro. O som supersónico do sintetizador analógico Sherman Filterbank é o condutor da viagem cheia de subidas e precipícios avassaladores que despontam espasmos de pura adrenalina em qualquer dancefloor.



Violet – New Visions

Breaks, electro ou até momentos dancehall marcam este New Visions, EP editado pela Paraíso em fevereiro. A dj e produtora lisboeta, que tem estado no holofote da imprensa internacional, não deixa de nos surpreender, e este trabalho é prova disso. A faixa que dá título ao EP mexeu especialmente connosco, mas todas as quatro são notáveis. E viciantes.


CRAVO – W Hydrae

Esta faixa merece uma menção honrosa pois Cravo, cara metade dos -2 e co-fundador da Hayes Collective, expõe perfeitamente todo o seu talento na produção musical. W Hydrae conjuga uma dinâmica entre os sons agudos e graves incrivelmente bem manipulados que criam uma sensação de suspense arrebatadora. Som ideal para elevar a energia da pista de dança.


Stasya – Great Beauty

Great Beauty faz parte do EP de estreia de Stasya, Aspas, lançado em março deste ano. O trabalho e, em particular, esta faixa, exprimem a luta de Stasya “por um lugar de aceitação, auto-estima e amor-próprio contra a depressão”: “Do you know what the greatest pain a person can feel is? The greatest tragedy a life can experience? It is having a truth inside of you, and you not being able to share it. It is having a great beauty and no one there to see it”. Para ouvir vezes sem conta.


IVVVO – Last Days (com Maxwell Sterling)

IVVVO é um projeto de Ivo Pacheco, artista português a morar em Londres, mestre na exploração do lado mais experimental da música eletrónica. É isto mesmo que mostra o seu disco doG, que saiu pela editora norte-americana Halcyon Veil em março deste ano. A faixa Last Days conta com a colaboração do artista britânico Maxwell Sterling. E é incrível.


Fabaitos – KRA

KRA faz parte da primeira compilação da suspension, a agência e editora baseada entre Lisboa e Berlim, de Pedro Marum e Mariana Freitas (tcp Bleid). Pouco se conhece do artista lisboeta Fabaitos, mas, ao ouvir esta deliciosa faixa, ficamos com vontade de conhecer mais.


Ggui – Ameniza

Num trabalho com influências acid, electro e, entre outras, techno, Ameniza baseia-se num amen break acompanhado por uma linha de baixo de uma TB-303. Com vocais inspirados em James Holden, segundo descrição disponível no Bandcamp, Guilherme Lopes oferece-nos uma bela paisagem sonora ao longo de todo o trabalho e, em especial, ao longo desta faixa.


Blast – Nanodrones

Esta faixa está presente no EP lançado na Future Sickness Records, Simulation, no qual Blast assegura a vida de sonoridades como a do subgénero techno-dnb. O portuense, um dos mais ativos nomes do drum’n’bass em Portugal, segue a sua missão dentro do estilo, mais especificamente dentro do lado mais pesado do género. E Nanodrones é daquelas que faz saltar da cadeira.


Driven – Note Repeat

Note Repeat é a faixa inaugural de RSD19, segundo VA de edição limitada em 12″ lançado pela Carpet & Snares Records no âmbito do Record Store Day. Para quem não sabe, Nuno Costa (t.c.p. VIL e Driven) é o autor desta excelente lufada de ar fresco de dub house que refresca a alma de qualquer um. Grooves intermináveis carregados de classe.


Sabre – Condor Sense

Este Fora de Turf dos Sabre é uma autêntica relíquia. Editado na Discos Extendes, sub-label da Extended Records, este 12’’ bebe inspiração de estilos como house ou techno, mas é muito mais do que isso. É Bruno Silva e Carlos Nascimento no seu expoente máximo, e Condor Sense não nos sai da cabeça.


Enkō, Inversus – Murmur2 (Augen Circular Remix)

Para além de partilharem um estúdio em Lisboa, Enkō e Inversus partilham também a mesma obsessão pela música. Claro que, daqui, só podiam sair coisas boas. Entre os dois originais e os dois remix que compõem o EP Murmur, todos eles excelentes, elegemos o remix de Augen como uma das melhores faixas de 2019 até à data.


Cloze Encounter – Stellar

Cloze Encounter é o projeto através do qual Vítor Tomás explora sonoridades mais techno, e o alter-ego sob o qual foi lançada esta faixa. Stellar faz parte da compilação Nine (VA), que assinala o 9º aniversário da editora portuguesa Monocline Records, e é, na nossa opinião, uma faixa incrivelmente viciante.


DJ Ze MigL – Tripper

É notória a experiência de produção de Zé MigL. Techno no seu exponencial máximo, onde o uso da drum machine 909 – e não só – é explorado de uma forma genial. Sem dúvida que o nome da música faz jus ao sentimento de Tripper, que saiu no terceiro volume da compilação Rave Tuga. Um exemplo de techno português de grande qualidade.

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