“Com a decisão de hoje [6 de maio], o [Parlamento alemão] está a enviar um sinal forte e há muito antecipado para a república”, diz Pamela Schobeß, presidente da Clubcommission Berlin, citada pela DJ Mag.

Depois de várias intervenções parlamentares por parte da Clubcommission Berlin ao longo de mais de um ano, que incluíram um plano de seis pontos para reabrir os espaços noturnos da cidade, uma participação ativa na organização e comemoração do “Tag der Klubkultur” (dia da cultura clubbing), a 3 de outubro do ano passado, chegou mais um marco para o país germânico.

Com um debate no Bundestag (o parlamento federal) que foi recebido com propostas favoráveis à classificação dos espaços noturnos como “instituições culturais” pelo partido liberal Freien Demokratischen Partei, pelo centrista Linkspartei e pelo ecologista Die Grünen, o Parlamento Federal alemão aprovou no passado dia 6 uma moção pela atribuição do estatuto de “instituições culturais” aos clubes noturnos na Alemanha.

Para além dos alívios fiscais provenientes da transição da categoria de “locais de entretenimento”, como são classificados os bordéis e os casinos, para a de “instituições culturais”, como já o são museus, teatros, salas de concertos e até o Berghain, as discotecas a que seja concedido este estatuto beneficiarão também de condições particulares que as tornarão menos suscetíveis à pressão da especulação imobiliária e da subida repentina das rendas em Berlim.

Segundo a Live Musik Komission, a moção foi aprovada quase unanimemente em comité no dia 5 de maio e, um dia depois dessa votação, foi formalmente apresentada ao governo federal alemão, tendo sido aceite pelo mesmo.

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