São seis horas de festa para comemorar sete anos de vida. Parabéns, Village Underground Lisboa.
Muito se celebra a vida pelo Village Underground Lisboa (VU), como tantos outros eventos e aniversários no espaço o comprovaram. Depois de se adaptar em 2020 com uma celebração inteiramente online, a organização volta a fazê-lo este ano através de uma festa de seis horas marcada para começar às 16h30 e terminar às 22h30.
Desta vez, há lugar para 120 pessoas sentadas – e para quem não conseguir estar presente, há transmissão através da RTP Palco e do canal de Vimeo do VU. Neste aniversário “híbrido”, vai haver atuações de teatro, música, dança e circo, tudo para comemorar esta “plataforma internacional para a criatividade, arte e cultura”, segundo comunicado.
Falemos de música: Rezm Orah e GaDutra uniram-se em Rezgate e trazem um show de “eletrónica tropical” num projeto que reúne também poesia queer. Seguem-se, DJ Glue, Leo Soulflow, Zoy e ainda um DJ set de John-E “para que não faltem as batidas do hip-hop mais vanguardista e o quatro-por-quatro clássico” da casa.
Nas outras vertentes artísticas, estará Joana Ruela a apresentar “Anjo Caído”, uma performance que assenta em “documentar e revelar as diferentes realidades” do quotidiano, “sem deixar ninguém para trás”. Segue-se Ricardo Paz com “Merci mes Amours!” ao lado de Lola Paz que, em conversa com o público, deixam a descoberto “experiências, desejos, violência, sedução, amores e desamores”.
Também Marta Viana pisa o palco do VU com “QUARTETO”, uma peça “improvisada entre o som, o espaço e o corpo que retrata um instante, um ato único”. Trata-se de um veículo “em que a audiência se submete, durante 20 minutos, a ouvir e a ver um diálogo sem palavras”. A equipa reúne a voz e o violoncelo de Yu Lin Humm, a dança de Marta Viana, os sintetizadores modulares de Pedro Rodrigues e ainda a bateria de João Valinho.
A cargo da apresentação está Jajá Roim, uma “mulher travesti não-binária, marginal, brasileira”. Artista e investigadora, “estuda novas tecnologias em educação-dança, usando a performance como metodologia de aproximação, formação e ‘artivismo’”.
Os bilhetes estão disponíveis aqui e, caso não possas comparecer, tens sempre o acervo de espetáculos do VU à tua espera – que conta já com mais de 100 horas de muita festa.
O Village Underground vai continuar a acolher DJ sets de quinta-feira a sábado, entre as 19h e as 22h, com uma programação “bastante eclética”. A partir de dia 13, recebe também o Circuito Lisboa, em conjunto com outras 11 salas lisboetas.
Fotografia por Nash Does Work
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