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Apresentação final do primeiro ciclo da Skoola acontece este sábado com Pedro Coquenão

17 Junho, 2021 - 11:02

A nova academia de música urbana lisboeta fecha a primeira ronda de ensino com “uma performance final” dos 48 alunos e Batida na cabine.

Sediada no Village Underground (VU), que completou sete anos de atividade no mês passado, a Skoola abriu em abril. Ao longo de nove semanas, a nova academia de música urbana lisboeta treinou cerca de meia centena de jovens, que co-criaram “peças musicais e performativas em grupo com a ajuda de quatro facilitadores e um diretor artístico”, segundo nota enviada às redações. O culminar do trabalho celebra-se este sábado, com duas sessões às 12h30 e às 17h. Depois, é a vez de Pedro Coquenão fazer da cabine um “workshop aberto aos Skoolers”.

Durante a primeira hora, a mesa de mistura de Pedro Coquenão recebe “Skoolers que tenham interesse em saber um pouco mais sobre esta cultura”. A matéria de ensino vai desde o “essencial gosto por ouvir e partilhar música ao uso do microfone e à importância do sistema de som”, incidindo também em “como ocupar um palco ou apenas saciar o lado nerd de quem quiser saber tudo sobre todos os botões e ecrãs envolvidos”, avança a Skoola, anunciando que “todos são bem-vindos”. “Este DJ só não aceita discos pedidos”.

Ao longo de mais de dois meses, a Skoola promoveu a criação de “música em conjunto, usando instrumentos e voz, através de técnicas de composição coletiva e produção digital a partir de softwares como o Live da Ableton ou o Cubase da Steinberg”. O ensino foi estruturado em torno de três eixos: criação e composição, produção digital de música e performance. Desde abril que a escola “funciona nos contentores, autocarros e sala de eventos do VU, todos os dias entre as 17h e 20h, com quatro grupos de 12 jovens” sob a tutoria de artistas daquela comunidade. Na equipa, estão “facilitadores, músicos, DJs e produtores experientes”, com os nomes Tânia Lopes, André Ferreira, Karlon Krioulo e Pedro Coquenão. A direção artística é da ordem de Filipe Sousa.

“Com ou sem experiência musical, estes jovens foram convidados a explorar processos de criação artística e a experimentar pela primeira vez instrumentos musicais como a teremina, o baixo, o piano, a guitarra e muita percussão”, acrescenta a escola. Mas nem só de convencional se faz a Skoola: os alunos puderam também contactar com instrumentos “vindos de vários cantos do mundo como os surdos, o repique, o tarol e o agôgô do Brasil, num processo livre e de descoberta, mas direcionado para a composição artística, sem género musical”.

A Skoola é um ninho para quem quer “despertar a curiosidade, inspirar, explorar, aprender criando ou aprender brincando num programa que está desenhado de forma a ser inclusivo e abrangente a jovens de todos os contextos sociais e económicos”, visando fornecer-lhes “ferramentas necessárias à realidade de hoje e amanhã, para que tenham uma voz na construção do seu futuro através da música”. A organização avança ainda que “a Skoola garante bolsas para alunos que não possam pagar os ciclos ou bootcamps nos quais gostassem de participar”.

Com a missão de “alimentar exemplos de liberdade artística e diversidade” e “facilitando a proximidade com profissionais reconhecidos da indústria musical”, a nova academia de música urbana assume “ser um espaço onde os jovens possam ser eles próprios e descobrir o seu potencial musical, a sua identidade artística”. O modelo de ensino é “totalmente diferenciado” e consiste numa “educação não-formal”, cujo princípio é o “jovem participante enquanto indivíduo-construtor do seu próprio conhecimento”.

A Skoola é fruto do crescimento do Acorde Maior, “um ensemble performativo” concretizado pelo Village Underground em 2018. Nasce graças à parceria entre o Portugal Inovação Social, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Montepio, a Innuos e a Licenciatura em Música na Comunidade da Escola Superior de Educação (ESE). A ESE insere-se no Instituto Politécnico de Lisboa, que é responsável pela definição do modelo de ensino-aprendizagem a implementar, bem como pelo seu acompanhamento e monitorização, além da formação dos professores e da divulgação científica dos resultados do projeto, num âmbito nacional e internacional.

O segundo ciclo de ensino da Skoola arranca dia 20 de setembro em horário pós-escolar e termina a 13 de dezembro. O bootcamp de verão está esgotado e ocorre entre os dias 12 e 16 de julho. No mesmo mês, entre os dias 21 e 23, tem lugar uma oficina de criação musical conjunta para jovens dos 12 aos 20 anos, com um mínimo de três anos de experiência musical. As inscrições estão abertas e podem ser feitas a partir do email ola@skoola.pt.

Fotografia por Nuno Mota Gomes/Mensagem de Lisboa

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