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Clubes e promotoras de Berlim avançam com ação judicial contra as restrições no setor

27 Dezembro, 2021 - 19:50

É desde dia 8 de dezembro que não é permitido dançar nos clubes berlinenses. E é por isso que “a cena clubbing, já fortemente abalada pelo coronavírus, teme pelo seu futuro”, declara o advogado Niko Härting.

Um grupo de 11 clubes e promotoras berlinenses avançou, no dia 16, com um pedido urgente ao Tribunal Administrativo de Berlim contra as restrições face ao covid-19, segundo o Resident Advisor através do canal televisivo RBB24.

Além do impacto financeiro para o negócio já fragilizado, a “proibição da dança” nas festividades de Ano Novo não é favorável ao controlo pandémico, explicou o advogado Niko Härting, encarregue do caso, no seu website, após a submissão do apelo.

Não se pode dançar em discotecas com “estratégias de higiene e testagem implementadas”, mas “pode-se dançar descontroladamente em festas privadas de passagem de ano”, nas quais, “por norma”, não há “medidas de proteção nem controlo por parte das autoridades”, explica Härting. Além disso, as organizações “investiram muito na preparação das festas de Ano Novo e venderam milhares de entradas”, estimando-se um risco económico de milhões de euros.

O grupo, que inclui o Club OST, Insomnia, Matrix, Aseven, KitKatClub, Revolver Party, Soda Club, Der Weiße Hase e o aclamado DJ e produtor de trance Paul Van Dyk, quer as restrições levantadas até ao dia 30, no máximo. A Clubcommission Berlin não participou na ação legal, mas também se revelou contra as restrições em comunicado no Instagram, sugerindo a realização de testes PCR como alternativa ao cenário atual.

A sugestão vem no seguimento de um projeto-piloto assente em testagem PCR, desenvolvido em agosto com o Hospital Charité, explicou Lutz Leichsenring à RBB24. As conclusões demonstraram não haver “risco significativo de infeção em clubes e discotecas caso os testes sejam realizados de forma consciente”, detalhou Härting.

A proibição da dança foi emitida no início deste mês, levando ao encerramento da maior parte dos clubes. Alguns mantêm as portas abertas, dando lugar a concertos sentados e eventos ao ar livre. Esta proibição havia sido revogada no verão pelo Senado de Berlim, permitindo a entrada (e a dança) nos clubes a quem tenha recuperado ou sido vacinado contra a covid-19.

Photo by Claudio Schwarz | @purzlbaum on Unsplash

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