Lançado no final de setembro, é o segundo disco da artista natural de Miratejo.
A palavra “Imp” refere-se, no folclore, a uma criatura arquetípica “algures entre o duende e a diaba”, e é nesta dualidade que se inspira o novo trabalho de Puçanga, segundo as notas de lançamento. “Impish” segue-se a “Fazer da Trip Coração” e conta com o apoio de uma bolsa de criação musical da OUT.RA – Associação Cultural.
São cinco faixas que vêm “confundir ideias pré-existentes sobre a natureza da realidade”, dentro do downtempo e experimental. Puçanga destaca Singing Gills como a sua favorita, numa publicação do Facebook. A letra narra a origem subaquática dos seres humanos e, “no arranjo, consegues ouvir sonares, baleiras e muita experimentação com a voz”.
“Imaginei-nos [humanos] como criaturas com uma fisionomia e comunicação diferentes das que temos hoje”, acrescenta. Em vez de orelhas e boca, teríamos brânquias e usá-las-íamos para cantar, comunicando através da ecolocalização e da reverberação. “We’d find each other through sound“, diz a canção.
Há um concerto de apresentação marcado para dia 3 de novembro, às 21h30, no Musicbox Lisboa, e é a primeira vez que uma atuação de Puçanga conta com instrumentos, com percussão e trompete a cargo de Pássaro Macaco.
Da origem dos tempos às profundezas do mar, a nova travessia de Puçanga já está disponível para compra e escuta integral nas plataformas habituais.
Fotografia por Mark Angelo
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