Foi um dos grandes marcos da noite portuense nos últimos anos.

O Barco Gandufe foi retirado esta terça-feira do Cais do Ouro, no Porto. De acordo com a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), o agora extinto Porto-Rio chegou esta manhã ao estaleiro da Inersel SA, em Várzea do Douro.

O bar funcionou em pleno até 2020, quando as consequências do covid-19 forçaram o encerramento do Porto-Rio. No entanto, foi já em 2018 que a APDL havia notificado os proprietários para a remoção do Barco Gandufe, como escrevia o Jornal de Notícias no ano passado, por este não ter licença para atividade.

Na altura, a proprietária Fátima Rios afirmava que a administração estava “a quebrar o compromisso que tinha assumido”, concretamente de “abrir procedimento concursal, com direito legal de preferência a favor da atual ocupante, o que permitiria o exercício da atividade por um período de tempo suficientemente longo por forma a viabilizar a amortização dos investimentos necessários à modernização e manutenção da atividade.”

Agora, fruto da “abertura das eclusas e a estabilização das condições meteorológicas e hidrográficas”, diz a APDL, o Porto-Rio pôde finalmente ser retirado do cais. Nas redes sociais, são vários os artistas, fãs e entidades que têm demonstrado as saudades que ficam com a retirada do Barco Gandufe.

O Porto-Rio esteve no Cais do Ouro desde 1999 depois de um “investimento inicial” de 300 mil euros. Antes de parar atividade em 2020, era conhecido por ser um espaço essencial da noite portuense. Na sua história, contam-se eventos de drum’n’bass, trance, techno, hip-hop, metal e muito mais.

Fotografia por Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo