Editado de forma independente, “MASTIGA” é o EP de estreia da grande representante das LIBIDA.

Saiu a 18 de junho o EP de estreia de Dakoi, “MASTIGA”. Composto por cinco faixas originais, o curta-duração mostra aquilo que se pode esperar do trabalho deste nome: música de clube dura, desconstruída e ríspida. Hard drum, aliás, é uma das tags que se leem no Bandcamp.

Neste que é “um projeto mais sólido”, “construído sob uma longa linha temporal que nos transporta por vários sentimentos e fases diferentes da sua vida”, Dakoi “começa num buraco emocional com um breakdown intenso, questiona e tenta arranjar forma de lidar com a perda, de amizades e de amores.”

Ao longo do trabalho, “vai procurando por conforto e exteriorização através de beats no quarto de várias casas por onde passou, perdendo-se e encontrando-se a cada tentativa de fazer isso acontecer”, pode ler-se em comunicado. O “processo instável de altos e baixos” reflete-se aqui, mas o tempo permitiu chegar à “libertação e cura” que se ouve na fase final do lançamento.

Apesar de este ser o EP de estreia de Dakoi, não é a primeira vez que ouvimos produções desta DJ. No passado, já remisturou nomes como Odete e ARCANA, além de ter participado em compilações de selos como Mãe Solteira Records e Weathervane Records.

A história de Dakoi na música não se fica por aí. Natural de Leiria, mas a viver na capital, esta DJ e produtora é conhecida também por ter as festas lésbicas e queer LIBIDA. É também um dos nomes da equipa do Festival Impulso, nas Caldas da Rainha, cidade onde viveu durante cinco anos e que viu nascer este pseudónimo de Tanya Caldeira.

Entre outras plataformas, “MASTIGA” está disponível no Bandcamp. Filipa Combo ficou a cargo da artwork, enquanto Diana XL ajudou na mistura e masterização do EP.

Fotografia por Gabriel Gozzer