“Uma odisseia onírica e distópica”.

Quase quatro anos após o álbum de estreia, o terceiro longa-duração. My Noisy Twins pôs cá fora “Behind Mist and Morning” na semana passada e o trabalho é um “natural retorno à linguagem original” do músico.

“Misturando texturas cinemáticas com um ambiente sombrio e obscuro”, pode ler-se na descrição oficial, o álbum “é um território sonoro pulsante, onde as vibrações pesadas do dub e do trip hop se encontram com uma expedição sonora étnica e exótica. Uma odisseia onírica e distópica, um filme urbano que nos conduz a um tempo futurista, transitório e impermanente”.

Apesar de My Noisy Twins estar praticamente sozinho ao longo do trabalho, sabemos que Jorge Machado gosta de colaborar com outros nomes – no primeiro longa-duração, por exemplo, contou com Berta Azevedo a dar voz a cinco temas. Neste caso, Scúru Fitchádu e Karlon surgem em duas das nove músicas.

Durante o processo de criação deste disco, o músico quis ainda “percorrer uma zona inexplorada mais focada num registo clubbing”, explicava na altura. Foi assim que saiu “Ghost Clubbing” este ano, um EP que tanto nos leva ao jazz como ao house ou ao UK Garage.

Também ele percussionista e sonoplasta, Jorge Machado conta com uma discografia que vai além deste pseudónimo e na qual se encontram projetos como Atma, Oco e Os Ponkies. Além disso, esteve ainda envolvido em espetáculos de dança, teatro e muito mais, como se pode ler no site oficial.

Com design assinado por PSTR e mistura e masterização por José Veiga, “Behind Mist and Morning” está disponível desde 6 de dezembro. O projeto foi apoiado pela Fundação GDA no âmbito do Programa de Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete.

Fotografia por Mário Jerónimo Negrão