AUTOR

Nuno Vieira

CATEGORIA
Destaque, Notícias

“Pensado para a população local”: Plano B abre record bar Fiasco

28 Março, 2024 - 11:13

O espaço está instalado no Bairro do Bonfim e será loja de discos, café, bar e galeria de arte. “Uma programação semanal com várias abordagens ao universo da música” faz parte dos planos.

Temos visto vários novos projetos a nascer na cidade do Porto e o mais recente a chamar a atenção dá-se pelo nome de Fiasco. Criado pela equipa do Plano B, o espaço consiste numa loja de discos, café, bar e galeria de arte. Tudo no Bairro do Bonfim, na Avenida Rodrigues de Freitas 133, onde os audiófilos (e não só) vão encontrar um novo lugar de culto a partir deste dia 28 de março.

Será essencialmente uma loja de discos, mas não é um espaço orientado apenas para DJs e selecionadores, como nos explica o gerente Pedro Segurado. O Fiasco terá “um café de dia que se transformará em bar a partir das 18h, com uma lógica diferente, e também um espaço de galeria destinado a receber exposições na cave”. Ou, como a equipa prefere, um record bar.

No que toca à música, a curadoria tem mão da 8mm Records e vai abraçar “60 anos de cultura popular nas suas formas mais criativas e inovadoras”. “Atenção especial para as vanguardas: jazz, música eletrónica, música de diferentes partes do mundo, Hip Hop, Indie, Dub, sem esquecer os grandes ‘clássicos’ que deram origem a movimentos inteiros”. Música tanto do passado como do presente, adianta Segurado à A Cabine.

Os discos serão “maioritariamente novos, mas vai haver uma grande seleção de usados selecionados (aproximadamente 25% do total)”. A esse respeito, o gerente conta que o Fiasco trabalha com exclusividade de editoras, “especialmente na área dos discos audiófilos e da música eletrónica e independente”. O objetivo passará por “importar as novas tendências da música internacional com timing pontual, com o objetivo de ajudar a comunidade de músicos e artistas locais a emergir internacionalmente”.

Assim, o Fiasco “é pensado para uma população local” e “para poder trabalhar em conjunto com os vários agentes da música do Porto e não só”. Pretende “trazer outras lógicas e apostas que possam complementar o que já existe de bom”, sendo que Pedro salienta que “existem já vários espaços que têm uma oferta qualitativa e que têm vindo a fazer um trabalho muito importante neste campo”.

Quanto ao nome, tem a sua razão de ser, como aparentemente tudo o resto: “Veio de uma atitude que rege todo o projeto, a de não se levar demasiado a sério, a de ter uma forma de estar descomprometida e sem presunção”. No fundo, a equipa está “pronta para tudo o que se avizinha, mesmo que seja um fiasco”.

Tanto para quem continua a persistir na compra de música em formato físico como para quem a simplesmente aprecia (ou gosta de beber um copo), há um novo local de partilha na Avenida Rodrigues de Freitas 133. A arquitetura do Fiasco, convém assinalar, ficou a cargo de Diogo Aguiar.

Fotografia por João Guedes

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