AUTOR

Daniel Duque

CATEGORIA
Lançamento, Notícias

Favela Discos documenta música experimental e improvisada do Porto em “In Trux We Pux”

29 Outubro, 2020 - 11:15

A primeira edição em vinil da Favela Discos chega com bom pretexto.

Como em tantas outras cidades do país, no Porto respira-se música. Por lá há projetos de hip-hop, metal e muito mais, como é caso de música experimental, num cenário repleto de nomes que exploram e desafiam padrões através de recursos distintos, como instrumentos de percussão ou maquinaria.

Uma das provas disso está neste “In Trux We Pux”, “um projeto editorial que partiu do seio do coletivo e editora Favela Discos” e que pretende “registar e expor, numa coleção de quatro discos em vinil, uma série de correntes sonoras e de práticas colaborativas que se tem desenvolvido nos últimos anos na cidade”, pode ler-se em comunicado.

O primeiro lançamento, já disponível nas lojas, “distingue-se por conter uma seleção de 23 músicos que navegam em diferentes campos da música eletrónica”. Arbusto de Bayas, projeto formado por Filipe Silva e Tito Silva, abre a compilação de estreia, seguindo-se a dupla de Miguel Carvalhais e Pedro Tudela, @c (na fotografia), ao lado de outro duo, Well, de Inês Castanheira e João Sarnadas.

Ainda nesta edição, o Operador de Cabine Polivalente (ocp), João Ricardo, junta-se aos Patches, um grupo de sete nomes que inclui exploradores como André Miranda, Cláudio Oliveira e zero_one, entre outros. Depois, o lado B conta com música do Coletivo Vandalismo com Querido Líder, de Challenger com Lorr No e, ainda, do grupo MOSCXS, de Inês Silva, Xavier Paes, Olan Monk e Pierre Pierre Pierre.

“Apesar do foco na eletrónica, as diferentes estéticas sonoras e abordagens na composição e produção de cada faixa dividem o disco entre vários espaços sonoros” – por um lado há uma “primeira parte mais abstrata”, por outro uma segunda parte onde se “desenvolvem ritmos e dinâmicas acentuadas”.

Nesta coleção, poder-se-á encontrar uma “natureza mais compilatória” em dois dos quatro lançamentos, com “várias faixas inéditas produzidas por diferentes grupos de artistas”. Já o outro par de discos baseia-se “em peças de longa-duração e de improvisação coletiva” – o primeiro destes, “In Trux We Pux 02 – Desilusão Óptica”, sai em novembro e “apresentará uma peça dirigida pelo coletivo da Favela Discos”, tocada pela primeira vez no Serralves em Festa de 2017.

Além da versão física (disponível na Matéria Prima, no Porto), há versão digital disponível no Bandcamp da Favela Discos, com masterização de Rafael Silva, fotografia de Nuno Oliveira e design de Rita Castilho.

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