No passado dia 1 de fevereiro, a artista portuguesa lançou o seu primeiro EP a solo na londrina All Centre.
Pode ser apenas o seu primeiro EP a solo, mas Bleid não é novata no que toca a produções próprias. No final de 2017 estreou-se em nome próprio com um álbum homónimo, em formato cassete, pela Labareda, de Sonja. Seguiram-se múltiplas colaborações com Violet, entre covers, remixes e um EP em conjunto, Badness, cortesia da naive.
Para além de produtora, Bleid colabora ainda com a Radio Quântica, com o seu programa mensal “Dismantle”, é residente nas raves da mina – organização que promove a liberação sexual e de género – e esteve ainda na génese da Intera, com Caroline Lethô e Telma.
Agora, é pela recém formada editora londrina All Centre que Bleid amplia o seu repertório.
A faixa que dá nome ao EP, Sidewinder, une um techno declaradamente industrial a um lado africano que a artista já tinha explorado em faixas como Bass Tool, lançada a 5 de janeiro na compilação HYMN da 00:Nekyia. Esta reflete, portanto, o lado exploratório, típico de Bleid, que não se remete a um estilo, e funde influências distintas, convergindo géneros antagónicos para criar algo distinto.
Nem sempre a música eletrónica é sinónimo de música de dança. Algumas das produções de Bleid são exemplo disso mesmo. No entanto, no lado B deste EP, encontramos uma faixa capaz pôr pistas em alvoroço. Em Not That Hard, o tom industrial prevalece, ao longo de uma intensidade sem tréguas, de ritmo desenfreado e mutações constantes.
Este trabalho pode ser escutado, e adquirido, no Bandcamp.
BLEID – Sidewinder
1. Sidewinder
2. Not That Hard
Deixa um comentário