AUTOR

A Cabine

CATEGORIA
Artigo

Cinco nomes para ouvir sem limites no ID

24 Março, 2019 - 19:25

Com o arranque do ID_No Limits marcado para o próximo fim-de-semana, escolhemos cinco atos que não queremos perder no Centro de Congressos do Estoril.

Há Pedro Mafama, Jacques Greene, Moullinex, Little Dragon, Kamaal Williams, Photonz ou Sheri Vari na Cascais Silent Disco de 29 a 30 de março, mas existem outros nomes que nos saltaram à vista no cartaz. Infelizmente, e apesar de sugerirmos ambos, vamos ter de perder Vessel ou Madlib, uma vez que o primeiro começa apenas 20 minutos antes de o produtor e dj norte-americano cumprir a sua estreia em Portugal.

Os bilhetes para o festival estão disponíveis através de uma das plataformas que podes encontrar aqui.

Vessel às 21h40 no Auditorium (29 de março)
“Não sei quantas almas tenho; Cada momento mudei; Continuamente me estranho; Nunca me vi nem achei; De tanto ser, só tenho alma” são alguns dos versos que encontramos no poema ‘Não sei quantas almas tenho’ de Fernando Pessoa. Mas, além disso, são também palavras que se escutam em Torno-me eles e nau-e (For Remedios), a sétima faixa do terceiro e assombroso álbum de Vessel, Queen of Golden Dogs, que foi “concebido e desenvolvido ao longo de 18 meses de solidão na zona rural do País de Gales”, como explica a organização.

O britânico Bristolian Sebastian Gainsborough tem várias almas e muda cada momento, é verdade. Com passagens por estilos como dubstep, por exemplo, chegou a este último e notável trabalho que une a música clássica à eletrónica, podendo ser, em poucas palavras, descrito como um álbum experimental. Mais ainda, em Cascais, Gainsborough vai contar com a colaboração do “nosso” cineasta Pedro Maia a acompanhar – um concerto imperdível para ver além de ouvir.

Madlib às 22h no Grand Hall Cascais (29 de março)
Existem duas palavras que podem ser suficientes para vos convencer: estreia nacional. Após 25 anos de carreira, Otis Jackson Jr. coloca os pés em território lusitano pela primeira vez. Dj, multi-instrumentista, rapper, e produtor musical, Madlib permanece um colosso do beatmaking, um dos poucos capazes de explorar o que mais de intrincado existe nas múltiplas sonoridades do hip-hop. Para o Beat Konducta, esta exploração só foi possível com os diferentes atos que compõe, a solo (Madlib/Beat Konducta/Quasimoto) ou com veneráveis colaborações (MF Doom, Freddie Gibbs, J Dilla, Erykah Badu ou Kanye West, apenas destacando algumas). Num raro dj set, Madlib irá certamente surpreender e divulgar o que de melhor há na multiplicidade dos géneros que domina.

Pearson Sound à 1h no Grand Hall Cascais (29 de março)
Em poucas palavras, David Kennedy é, ao lado de Ben UFO e Pangaea, um dos fundadores da Hessle Audio, editora que, além de lançar alguns dos seus trabalhos como Pearson Sound ou Ramadanman, tem sido casa para importantes lançamentos, incluindo o primeiro single de Blawan, Farm, ou o álbum de estreia de Bruce, Sonder Somatic. Arrancou recentemente com a sua editora homónima, Pearson Sound, onde assinou o aclamado 12’’ XLB, mas o que podemos esperar no ID é que Kennedy mostre o seu vasto leque de influências num coeso set de 3h, a encerrar a primeira noite de festival.

Arca às 22h no Grand Hall Cascais (30 de março)
O dj, produtor, compositor e, no fundo, artista venezuelano Arca é outro dos nomes sonantes a passar pelo festival. Tem sido consagrado pelas colaborações com artistas como FKA Twigs, Kanye West ou Bjork, por exemplo, e, apesar de ter já três belos álbuns a solo e umas quantas mixtapes, é pela irreverência aos padrões e aos estereótipos, explorada em todas as suas vertentes artísticas, que ficou verdadeiramente reconhecido. As suas performances ousadas e espetáculo de influências queer fazem adivinhar que este será um dos concertos mais memoráveis do ID.

Hunee à 1h no Grand Hall Cascais (30 de março)
É a segunda vez que o dj baseado na Alemanha atua no festival – a primeira foi em 2017, quando o ID era Lisboa Dance Festival e a dança se dividia pelas diversas salas do Lx Factory. Começando a tocar timidamente para uma Fábrica XL meio-vazia, rapidamente as pessoas foram aparecendo e enchendo a sala para aquela que acabou por ser uma das atuações mais inesquecíveis do evento. Hunee é um dj extremamente eclético – as suas seleções vão do disco, uma das suas verdadeiras paixões, ao house, boggie, electro, italo e acid, podendo passar dos 80 aos 130 bpms – que não tem medo de correr riscos, e que consegue criar momentos incríveis e com uma energia única. Um encerramento a não perder.


Consulta os horários completos aqui.

relacionados

Deixa um comentário







t

o

p