Saiu esta sexta-feira e vem com selo Panama Papers.
Selvagem é a palavra de ordem no regresso de George Silver aos lançamentos, desta vez com um curta-duração assinado pela Panama Papers. “Dedicado à música de dança”, o mais recente EP de André Neves reúne “loops de filosofias modernas, vocais com sabedoria ancestral e samples de ritmos tribalísticos com uma perna na mecânica contemporânea”, lê-se em comunicado.
Das quatro faixas desta tropicália, “três foram gravadas ao vivo numa sessão da SELVA [do podcast i9a], e posteriormente editadas com vozes de Agostinho da Silva, Tony Allen e um ‘random dude’ do Youtube, que fala de um gentleman do séc. XVII com o mesmo nome do artista”. O EP cessa com uma remistura da música Xwe Xwe, de Mler Ife Dada, do álbum de 1989 “Espírito Invisível”, agora “adaptado a uma pista de dança mesmo no meio da floresta”.
Pelo meio das lianas, “ouvem-se os bombos. Do fundo da gruta emergem as ideias. Vai-se buscar coisas do passado para que se possa dançar no futuro (…) e as ideias ganham pernas”. Com masterização de Nando Correia Queluz, Neves utiliza a escultura “Meditação” de 2016 para compôr o artwork. Instalado o ritual, pelas palavras de Artur Jóia, “uma purga ao Eu inicia-se”.
Recentemente, George Silver passou pela Linha Amarela Produções com “UNIVERSOU”. Com o mesmo selo, “Santo André” levou o músico à estreia nos LPs e veio a marcar presença nos vinte álbuns nacionais de que mais gostámos em 2020.
Está aberta a caça às ideias. Descobre tudo neste EP de acesso livre, já disponível no Bandcamp.
Fotografia por Rui Silva
Deixa um comentário