Sete anos depois de “Hexágono Amoroso”, “Matutino” assinala o regresso de Miguel Torga a este formato.
Lançado esta quarta-feira, “Matutino” é o novo álbum de Miguel Torga, ou Hugo Vinagre. O trabalho foi gravado durante o confinamento e tem como grande “função” “fazer dançar, seja com as ancas ou com a cabeça”.
Inspirado por sonoridades house ou dub, e até pela natureza, Miguel Torga “deixa para trás a abordagem de sampling de vozes” que se escuta em “Hexágono Amoroso” (2014) e “investe a cem por cento em produção original”, pode ler-se em comunicado. Para isso, recorre à sua voz e à das vocalistas Ana Sanganha, Carolina Bernardo e Isis Melo.
A música deste nome “transformou-se, agora, em algo mais cerebral e atmosférico”, sempre tendo em conta a referida “função” de fazer dançar. Ao longo deste disco, conta-se “a história de uma saída à noite que se transforma num passeio matinal, por vezes acompanhado, por vezes só. É uma epopeia hedonista, que começa em casa, vai a clubes, visita amigos, jardins, e regressa novamente a casa”.
Nos últimos tempos, vimos Miguel Torga a assinar remixes para temas de nomes como YAKUZA ou azul-revolto, mas não é apenas através deste pseudónimo que podemos esperar por trabalhos de Hugo Vinagre.
Miguel Torga é possivelmente o nome pelo qual é mais conhecido, sim, mas Vinagre tem também projetos como Early Jacker, que já editou pela Tribal Records e que no ano passado lançou “Burning”, ou Turista, que em 2018 pôs cá fora “Todos os Pássaros São Meus Amigos”. E como se não bastasse, está também envolvido em projetos como a INFINITA, label responsável por este trabalho.
De notar, este lançamento não é gratuito, ao contrário do restante catálogo da editora. Isto deve-se ao facto de que a INFINITA “vai passar a vender álbuns. Os EPs continuarão a ser gratuitos”, pode ler-se numa publicação no Facebook.
Pelo menos para já, o álbum pode ser encontrado exclusivamente no Bandcamp:
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