O sucessor de “Shatter” chama-se “Lightwaves” e volta a ter carimbo da sirr-ecords.
Editado no passado dia 16 de julho, “Lightwaves” é o novo álbum de Joana de Sá. O trabalho “insere-se dentro dos géneros de sound art, electroacústica, electrónica, drone e soundscape”, nas palavras da própria.
Este novo disco volta a ter selo da sirr-ecords e foi feito entre Porto, Viseu e Lisboa, locais que são referidos em cada uma das composições. “É um conjunto de peças que partem da sua experiência pessoal nestes lugares, compostas a partir de gravações de campo, recolhidas ao longo dos últimos meses”, conta via email.
Claro que o disco não se faz apenas de gravações. A guitarra e o sintetizador de Joana de Sá também se ouvem, assim como Louis Wilkinson no violoncelo e as vozes de Filipa Viegas e Mara Andrade. O último tema, note-se ainda, é uma homenagem à Canção de Embalar, de Zeca Afonso.
Joana de Sá ganhou percepção da importância que o som tem para si aos 17 anos. Segundo a biografia oficial, “o seu trabalho evoluiu para combinar uma atenção aos fenómenos acústicos” com foque no “sentido de duração” e de “fluxo tímbrico enquadrado”, tudo combinado com “gravações do ambiente” do dia-a-dia. O primeiro álbum, “Shatter”, saiu no ano passado.
Este é o 5º lançamento da portuguesa sirr-ecords em 2023. Fundada em 2001 por António Graça, Carlos Santos e Paulo Raposo, a editora já pôs cá fora trabalhos de nomes como André Gonçalves & Kenneth Kirschner, Carlos Zíngaro ou Lawrence English.
Pelo menos para já, “Lightwaves” está disponível em exclusivo no Bandcamp, onde podes também encontrar a versão física (CD). Paulo Raposo ajudou na produção e a própria Joana de Sá ficou a cargo do artwork.
Fotografia por Margarida Flor
Deixa um comentário