Selo da Príncipe.

Foi editado esta sexta-feira o novo álbum de Xexa. “Vibrações de Prata” mostra o afrofuturismo deste nome e, segundo a editora, “as diferentes sensibilidades da artista como compositora, música e designer de som”, assim como “mapeia o que são, de facto, as suas explorações iniciais com voz, ritmos, sintetizadores, ambiente, sempre em busca de um resultado final orgânico.”

Neste disco, há temas que já tinham visto a luz do dia noutras ocasiões. Assim, Nha Dêdê, Fragmented Breath e Prendes Nh’Alma integraram “Calendário Sonoro”, enquanto Clarinet Mood foi composto para o portefólio de Xexa na Guildhall School of Music and Drama, em Londres.

Esse último tema mostra a sua intenção de “estudar a sensação de ouvir música como um ambiente em que se habita e não como um som que nos segue ao longo do dia. Entrar, em vez de ouvir, num ambiente”, pode ler-se na descrição oficial, que nota ainda que Xexa não tem qualquer formação em clarinete – ela “explora o seu som palpável como uma porta física para este reino.”

Confirmada como um dos primeiros nomes para o Sónar Lisboa 2024, Xexa captou os nossos ouvidos no ano passado, com o lançamento de “Calendário Sonoro”, um dos nossos favoritos de 2022. Claro que a sua história conta muito mais do que isso, como é caso da composição de “Metamorfa” para Ivan Hunga Garcia na Lisbon Fashion Week, das origens em São Tomé e Príncipe ou do tempo que passou em Londres.

“Vibrações de Prata” está disponível em vinil, em lojas como a Flur, ou em digital, no Bandcamp e outras plataformas. Como sempre na Príncipe, a capa é de Márcio Matos e a masterização de Tó Pinheiro da Silva.

Fotografia por Marta Pina