A tradição portuguesa continua em comunhão com a eletrónica.

Mais de um ano após a estreia neste formato, o segundo EP de Sónia Trópicos. “Singela” foi editado no início deste mês pela Cosmic Burger, é composto por seis faixas e volta a mostrar a “fusão de elementos tradicionais com ritmos eletrónicos contemporâneos” deste nome.

“Quis fazer um segundo EP para vincar o meu cunho como produtora, antes de fazer um álbum. Entender melhor os caminhos que quero seguir e experimentar coisas novas e também introduzir novos elementos como a minha voz, sem a pretensão de ser cantora”, referiu a artista, citada em comunicado.

“O meu background não é apenas musical, sempre bebi e explorei vários formatos artísticos. Para fazer este EP baseei-me na abordagem de criar como fazem os escultores de arte popular portuguesa, como foi o exemplo da Rosa Ramalho. A premissa de pegar com simplicidade no que te rodeia, nos teus gostos e experiências do dia-a-dia para esculpir sonoramente o que quero e o que desejo transmitir”, notou ainda.

Entrevistada recentemente por Ricardo Farinha para o Rimas e Batidas, no âmbito deste “Singela”, Sónia Trópicos começou por chamar a nossa atenção no ano passado, aquando do lançamento de “Astral Anormal”. Desde então, a vencedora do concurso PULSAR 2022 tem acompanhado Pedro Mafama em palco e lançou até uma série de remixes para o EP de estreia.

Há duas datas para a apresentação do novo EP: 18 de novembro no Plano B, no Porto, e dia 22 no Musicbox, em Lisboa. O trabalho, que conta com a participação de Bieu s2 e Luís Capitão em dois temas, pode ser encontrado nas plataformas digitais do costume.

Fotografia por Cristiana Morais