O influente Amp Fiddler batalhava há mais de um ano contra um problema de saúde.

Morreu um dos grandes de Detroit. Amp Fiddler deixou-nos este domingo, dia 17 de dezembro de 2023. A notícia foi avançada esta manhã pela Faith Fanzine por meio das redes sociais.

A causa da morte não foi revelada à data de publicação, mas é sabido que Joseph Anthony Fiddler tinha vindo a batalhar contra um problema de saúde. Em publicação no Instagram, Delano Smith fala sobre como se encontrou com “Amp quando ele procurava tratamento num instituto de cancro” e como lhe foi “pedido que mantivesse o estado confidencial.”

Note-se que havia sido lançada uma campanha GoFundMe já no ano passado, com vista a ajudar nos custos de “muitos meses no hospital” e da “recuperação de uma cirurgia em agosto.” Para dia 21 deste mês, por exemplo, estava até marcado um evento de angariação de fundos em Detroit.

Falar de Amp Fiddler é falar de um autêntico embaixador do soul, do funk e até da música de dança. Desde tenra idade um pianista de renome, o músico fez parte dos seminais Parliament e Funkadelic, de George Clinton, além de ter tocado e colaborado com muitos outros nomes, como é caso de Prince, Jamiroquai ou da sua primeira aventura em formato de banda, os Enchantment.

Não era só pelas teclas que Amp Fiddler era conhecido, não fosse ele dono de uma voz bem reconhecível, compositor, produtor e um nome que educou e influenciou muitos outros. Um dos pormenores mais conhecidos sobre a sua influência passa pelo facto de ter sido ele a apresentar a Akai MPC a J Dilla, que por sua vez influenciaria outros tantos no universo do hip-hop.

O seu primeiro álbum a solo data de 2004, “Waltz of a Ghetto Fly”, e o último de 2017, “Amp Dog Knights”, editado pela Mahogani Music, de Moodymann, outro nome que seria muito influenciado por Amp Fiddler. Pelo caminho, pois claro, muitos outros trabalhos. O último foi no passado mês de junho, “Come On Over”, uma colaboração com Luke Solomon.

A última atuação em Portugal foi em 2018, no Plano B. No ano anterior, foi um dos destaques no festival LISB-ON Jardim Sonoro, que nessa edição contou também com o saudoso Tony Allen.

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