O cenário experimental portuense é o foco desta série documental que, desta feita, conta com um disco da “orquestra informal” Milteto.

O terceiro volume desta série chega com assinatura de Milteto, uma “orquestra informal que surgiu no coletivo da Favela Discos algures em 2014”. Responsáveis por sintetizadores, percussão ou instrumentos de cordas e sopro estão mais de 10 nomes, entre eles Gustavo Costa, Inês Castanheira, João Ricardo, João Sarnadas, Nuno Loureiro e Tito Silva.

Milteto é “fruto de uma ideia que já existia há algum tempo” e que se concretizou “pela primeira vez para um concerto no extinto Picadilly Pub”. É um projeto que, “ao longo dos últimos anos, serviu como espaço de experimentação e colaboração para os músicos da Favela”. É “uma entidade etérea quase autónoma cuja única âncora é a improvisação coletiva com o mínimo número de restrições ou construção”, pode ler-se em comunicado.

Tendo em conta o formato (vinil) e o carácter de improvisação do grupo, decidiram gravar o disco em duas partes, com as gravações realizadas em dois dias distintos. Como é explicado em comunicado, “na primeira parte explorou-se aditivamente um espaço mais eletrónico através de um trio de sintetizadores”, enquanto que, “na segunda, sem instrumentos eletrónicos, exploraram-se processos de improvisação mais físicos e orgânicos”.

Criado no âmbito do concurso Criatório 2019, “In Trux We Pux” é um projeto editorial que documenta a cena de música experimental e improvisada do Porto. O primeiro volume, que juntou seis temas colaborativos, estreou em outubro passado; o segundo, assinado pelos Desilusão Óptica, em novembro. Para março, está marcado o lançamento do quarto e último volume.

À venda no Bandcamp e na Matéria Prima, no Porto, “In Trux We Pux 03” conta com uma fotografia de Tomé Duarte na capa e com gravação, mistura e masterização de Rafael Silver.

Direitos de imagem reservados