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Depois de quase 10 anos, Wagon Christ edita um longa-duração

11 Novembro, 2020 - 14:18

Chama-se “Recepticon” e sucede “Shadows”, lançado em 2004. Saiu em outubro.

O veterano Luke Vibert voltou a dar som a uma das suas identidades, e traz o longa-duração “Recepticon”. São 14 faixas que pairam sobre dimensões como downtempo, acid, breakbeats, electro, techno e hip-hop, numa poção mágica completa sempre por “um certo funk“. Tem selo People of Rhythm.

Diretamente de Cornwall, o britânico esteve “na linha da frente da música eletrónica nos últimos 25 anos, reunindo seguidores para os seus muitos pseudónimos, Wagon Christ, Amen Andrews, Kerrir District, Plug, Spac Hand Luke, Ace of Clubs, Luke Warm e, claro, não esquecer o próprio nome, Luke Vibert”. Já passou pela Rephlex, a Rising High e a Warp, tendo percorrido muitas outras editoras pelo caminho.

“A máquina está a gravar?” é a pergunta que embala Same Ol’, Same Ol’ Recording, um dos pedacinhos desta hora de música que nos cumprimenta com Hello. Um cocktail sónico e trippy preparado por Wagon Christ,  alter-ego que se ergueu em Luke Vibert, para estrear e desenvolver o género trip-hop ou downtempo, dos quais foi pioneiro no início de “uma carreira histórica”, conta a label no Bandcamp.

Segundo a People of Rhythm, a “criação e a amostragem de várias faixas instrumentais de hip-hop ou funk, sons eletrónicos encontrados, mais breakbeats“, compõem histórias numa manta de retalhos onde as “soundbites cuidadosamente extraídas” e a “colagem de áudio de amostras de palavras faladas” mantêm a música um ser vivo e desperto.

Este “pacote de samples da assinatura de Luke” é embebido no “sólido groove de Wagon Christ”. Seguindo o “mesmo padrão vencedor pelo qual Vibert é amplamente conhecido”, “Recepticon” quer mexer com todos os cantos e sinapses do teu cérebro.

O quadro pinta-se em vinil amarelo, com a vertente visual da autoria de Celyn Brazier. Ela que também desenhou “Ninja Tune” e “Astralwerks/Virgin”, canta agora as cores deste trabalho, que apresenta “um castelo Moog na capa” e um “centro de portal épico”. Caracteriza-o como “uma (ridícula) batalha sónica”, onde os “exércitos mecânicos do acid house”, a “orquestra clássica de Beyreuth e o elenco” digladiam a música, em “homenagem à Batalha de San Romano de Ucello”.

Estas “hordas de música mecanizada travam uma guerra contra a música clássica”, que é agora dedicada a Paul Vibert. Está tudo disponível para escuta e compra em CD e vinil no Bandcamp.



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