O primeiro episódio já está cá fora e traz um concerto de Surma no alto da Serra da Lousã, a 1100 metros de altitude.

Aurora é o nome do novo “fenómeno audiovisual” português, nascido da “necessidade de criar uma experiência única para todos os envolvidos”, segundo se lê em nota enviada às redações. A essência está na conexão entre a natureza e um artista, com a missão de promover e valorizar o “património natural e cultural e o território português, além de artistas e parceiros locais e nacionais”.

Num tempo em que a cultura carece de destaque e apoio, Aurora vem “organizar e produzir a filmagem de concertos em lugares surpreendentes de Portugal, adaptando-os a cada artista”. O episódio-piloto saiu em outubro e conta com a presença de Surma num concerto intimista e em aberto, no topo da Serra da Lousã. A passar os mil metros de altitude, temas como Maasai, Wanna Be Basquiat e uma cover de Femme Fatale (originalmente dos Velvet Underground) entrelaçaram-se entre si e ecoaram pela Cordilheira Central.

Manuel Chau, produtor e manager, está encarregue da direção artística do projeto. Em conversa com A Cabine, explica que “oferecer esta experiência visual, apesar de não poder ser vivida com a presença de pessoas, é uma mais valia para a situação atual”. Tanto o público como os artistas convidados, além dos parceiros e patrocinadores, “viverão um fenómeno único, sentido a ‘alma a sair do corpo e a vaguear’, como Surma exprimiu em entrevista à Vodafone FM”.

“Tendo por base que se trata de um conceito único, e recorrendo ao episódio-piloto, temos a noção do impacto que o Aurora terá no território português, no panorama internacional e, consequentemente, para o turismo e a economia local e nacional, a médio e longo prazo”, avança o diretor. A cultura é a palavra de ordem nesta iniciativa inédita, “um dos pilares essenciais da democracia e motor para a educação e economia de um país”. “É urgente que apoiem o trabalho de tantos profissionais da área, que sempre contribuíram direta e indiretamente para que Portugal seja hoje um dos principais pontos atrativos da Europa e do mundo”.

Traçado em formato de série, o projeto já tem data prevista para o lançamento da primeira temporada. O “efeito surpresa faz parte do Aurora”, conta Manuel Chau, mas, para o primeiro trimestre de 2021, esperam-se seis episódios com artistas e locais já programados. A produção “está dependente dos patrocinadores”.

Numa “simbiose perfeita” que combina a valorização do património natural e a música, o espetáculo está sujeito às regras da Mãe Natureza. “Gravar a 1100 metros foi desafiante, mas para nós não existe bem um limite”, remata o diretor artístico.

O primeiro episódio já está à tua espera no Youtube.