Saiu dia 9 de abril na editora portuense Lovers & Lollypops.

Samuel Martins Coelho regressou esta sexta-feira aos longa-durações com “Cura”, numa “reunião simbiótica que conduz entre jazz, clássica/contemporânea e folk/country”, segundo as notas de lançamento. Com selo Lovers & Lollypops, o álbum assenta na “reconciliação com a vida em tempos de pandemia”, traduzindo sonicamente “a tensão e a incerteza de um músico que quer sair e crescer”.

A descrição do álbum faz-se em três palavras: “candura, controlo e gentileza”. A sonoridade, traçada fundamentalmente pelas cordas de um violino, “comunica uma planície de desconforto e ansiedade” que não se restringe ao autor. Não se trata de “procuras internas”, mas de uma partilha comum na qual Samuel Martins Coelho dialoga com o ouvinte. Em “Cura”, o violinista “usa o isolamento e as convivências – ou falta delas – para criar uma linguagem clara que se oiça como música de comunidade”.

“A cura não tem de ser um processo pesado”, explica a label. Neste “ato contínuo de descoberta e execução entre Peguin Cafe Orchestra, Max Richter e Jóhan Jóhansson”, Samuel Martins Coelho faz da sua estreia na Lovers & Lollypops um “sinónimo de crescer e conforto”, tanto a nível material, com “o violino e a guitarra que os acompanham”, como a nível espiritual, através da “criação e da autorrealização enquanto compositor”.

No catálogo da editora, este longa-duração segue-se à estreia homónima da superbanda Septeto Interregional e ao álbum “Ata Saturna”, do trio Conferência Inferno, com quem A Cabine esteve à conversa. Foi também pela portuense Lovers & Lollypops que Ece Canlı assinou “Vox Flora Vox Fauna”, em dezembro.

Foi em 2019 que Coelho “acusou a vontade de criar em nome próprio”, estreando-se a solo com o álbum “Partita Para Violino” através do “instrumento que o levou a tudo isto: o violino”. Agora, oferece-nos uma oportunidade de “Cura”, já disponível no Bandcamp da Lovers & Lollypops.