AUTOR

Daniel Duque

CATEGORIA
Artigo

5 indispensáveis: Telma

27 Dezembro, 2022 - 16:36

5 discos bem variados e escolhidos a dedo por Telma.

Depois de Jorge Caiado, Telma é a segunda convidada da rubrica “5 Indispensáveis”, na qual atores do cenário apresentam cinco discos (ou temas) que não podem mesmo faltar na coleção, na mala de cada atuação ou simplesmente a girar pela casa.

Telma Correia é uma daquelas DJs em que a palavra versatilidade assenta verdadeiramente como uma luva. Estas cinco seleções, aliás, provam isso mesmo, e quem já a ouviu em espaços como Lux Frágil ou Passos Manuel sabe bem de que falamos. E atenção que essa versatilidade vai ainda mais além. Ao longo dos últimos anos, Telma esteve envolvida em projetos como as noites R U S T, no Desterro, ou o coletivo Intera, e mais recentemente tem trabalhado em assessoria – sempre com uma ligação à música que lhe dá todo o conhecimento e bom gosto que lhe são característicos.

Para esta rubrica, a DJ escolheu discos que “ilustram as várias facetas da sua coleção” e que a “foram acompanhando regularmente durante os anos de ‘formação’ e passagem por cabines e ambientes variados.” São trabalhos que, muito provavelmente, “nas datas em que escolhe tocar discos”, acabam “dentro da mala, dependendo do espaço e da orientação da noite.”

Lê (e ouve) cada uma das seleções de Telma neste “5 Indispensáveis” abaixo:

Kyna Antee aka The Mistress – Let It Go [Techno Kut Records]
«Sou fã de tudo o que é hip-hop, miami bass e electro de finais de 80’. Comprei este disco baratíssimo em segunda mão. Captou-me a atenção ter sido produzido pelo Arabian Prince, mas sobretudo por ser cantado no feminino, pela Kyna Antee com participação da Mona Lisa num dos temas, o que para mim foi uma lufada de ar fresco numa época com projetos predominantemente masculinos. O disco traz dois originais com voz e respectivas versões instrumentais, com tempos distintos que tanto podem ser misturados com hip-hop da altura ou electro produzido agora, pelo que dá para combinações interessantes.»

Scan 7 – Dark Territory [Tresor]
«Um coletivo clássico de Detroit e um dos meus álbuns favoritos de techno de sempre, editado em 1996. Não há muito por onde me alongar, para mim está tudo lá: energia e melancolia, groove, e o contraste ideal entre a rigidez e suavidade sónicas. Um disco futurista e ao mesmo tempo intemporal e para mim é um prazer enorme tocá-lo sempre.»

Theo Parrish, Waajeed, Duminie DePorres – Gentrified Love Part 2 [Sound Signature]
«A Sound Signature é uma das minhas editoras favoritas e que sempre manteve um trabalho incansável e consistente ao longo das décadas. House puro e com alma, que bebe influências de Chicago e Detroit, do hip-hop, do jazz ou do disco. Que mais pedir?»

Rainmakers – Urban Break / Logic Beat [Thursday Club Recordings]
«O único disco que tenho desta editora britânica que, pelo que sei, parou atividades em 2013. Uma pena! Lançado em 1997, foi um achado em segunda mão e parece-me que com o tempo se vai tornar numa raridade. Dois temas excelentes de breakbeat à antiga com linhas ácidas e samples de voz que nunca falham em pôr a pista a dançar.»

Yusef Lateef with Art Farmer – Autophysiopsychic [CTI Records]
«Este disco veio numa viagem de Amsterdão, em 2018, da qual guardo boas memórias depois de ter ido ao festival Dekmantel. É um disco clássico de fusão jazz-funk que oiço muito em casa mas que também levo comigo para sets de bar ou início de all nighters.»

Podes estar atento às datas de Telma no Instagram

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