Uma ode à luta de 95 mulheres pela independência da Guiné-Bissau.
Está aí o novo álbum de Nídia, lançado pela Príncipe em vinil e digital esta sexta-feira. “95 MINDJERES” é um disco que nos mostra a DJ e produtora “cada vez mais segura no caminho que escolheu”, refere a editora.
Nídia veste com orgulho as raízes de Guiné-Bissau e de Cabo Verde e é precisamente para a luta guineense que o título do disco nos remete. “95 MINDJERES” toca nisso e no “papel decisivo das mulheres combatentes pela liberdade na luta” do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“Entre outras, brilham os nomes de Teodora Gomes e Titina Silá como líderes de um grupo de 95 mulheres”, a quem deram “formação militar e consciência política” para o necessário combate que fizeram pela independência da Guiné-Bissau do domínio colonial português durante 11 anos, entre 1960 e 1970.
O novo álbum sucede o aclamado “Não Fales Nela Que a Mentes”, editado em 2020, ano prolífero para Nídia, que assinou também “Badjuda Sukulbembe” e “S/T” pela mesma altura. Embora este mais recente trabalho seja considerado o terceiro álbum da artista, ela conta com quatro LPs lançados pela Príncipe – além dos já referidos, encontram-se também “Nídia é Má, Nídia é Fudida” (2017) e “Danger” (2015).
A verdade é que há muito mais para encontrar no currículo de Nídia, como é caso de remixes que assinou para nomes tão grandes quanto Lafwandah, Perfume Genius ou Yaeji. Este ano, por exemplo, voltou a surgir nos créditos de um álbum de Fever Ray, na produção do tema Looking For A Ghost, depois de já ter estado por trás de IDK About You, do disco “Plunge” (2017).
Com a habitual masterização assinada por Tó Pinheiro da Silva e artwork por Márcio Matos, “95 MINDJERES” está pelo Bandcamp e restantes plataformas digitais. O vinil pode ser comprado no site referido ou em lojas como a Flur, em Lisboa.
Fotografia por Marta Pina
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