Muita música e até uma conversa do podcast Câmara Magmática marcam esta noite.
50 anos de abril. Muito por fazer e cumprir, mas celebrações como esta para ajudar a recordar o que é importante. Dia 24, véspera do Dia da Liberdade, no portuense Hard Club, uma rave organizada por Luísa Cativo, DJ e voz ativa da comunidade local e nacional.
É precisamente com uma conversa ao vivo do podcast Câmara Magmática, de Cativo, que tudo começa. Às 22h, na Sala 1, o tema Como podemos usar o clubbing como ferramenta de liberação pessoal e de consciencialização social? será abordado ao lado de vários nomes da cidade: a palestiniana Saya, a dupla genderqueer Runnan e Pedro Colaço (das festas Bunda em Brasa) e o coletivo multidisciplinar Sarilho.
Pela noite dentro, as sonoridades vão estar centradas no drum’n’bass e jungle. Tudo arranca com um live act de TOMÉ, o multi-instrumentista e produtor que tem vindo a chamar a atenção ao editar trabalhos tão curiosos quanto “All I Am Is We”, e segue com o já referido Coletivo Sarilho, que tem sido ouvido regularmente nos Maus Hábitos e no Café au Lait.
Uma das mais importantes DJs de drum’n’bass em Portugal, Mix’elle é o nome que sucede o coletivo, ela que inclusivamente já passou pelo nosso podcast. Para fechar, a dupla FUINKI, de Assafrão e Cativo, garantia de energia e “imprevisíveis blends de techno, breaks, jungle e bass”, pode ler-se em comunicado.
Nesse mesmo texto, recorda-se que “o clubbing e as raves, espaços de comunhão e cruzamento de pessoas de diversos segmentos sociais por excelência, oferecem a possibilidade de cultivar um sentido de comunidade entre quem os procura – algo que está muito em falta numa sociedade onde a solidão, o isolamento e o individualismo excessivo são fenómenos cada vez mais comuns, e a alienação causada pelos mesmos é cada vez mais danosa não só para a saúde e bem estar social, mas ameaça também a nossa democracia e liberdade.”
E no fim de contas, é precisamente por isso que surge a Rave da Liberdade: esta é uma “proposta para repensarmos estes espaços, e usá-los para criar comunidade e proximidade entre indivíduos. Porque só somos verdadeiramente livres quando todes somos livres.”
À data, os early birds custam 10€ e podem ser comprados na Shotgun. Assim que esgotarem, o preço sobe para 12€. Há ainda uma lista trans/NB/dancers – pessoas interessadas devem enviar mensagem privada para Cativo via Instagram.
Cartaz por Luísa Martelo
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