AUTOR

Daniel Duque

CATEGORIA
Notícias

Há um novo templo de música eletrónica (e não só) em Lisboa

27 Setembro, 2019 - 17:38

O Temple LX é o novo espaço cultural da capital.

O espaço que “acaba por ser a continuação do projeto de fundo que a EKA [ unity ] tem desde a sua génese em 2011”, explica-nos Eshani Lasya através de e-mail, está localizado na Urbanização da Matinha, Rua 2, no 2º Dt do Edifício Verde, em Marvila. Este “templo” lisboeta “tem como principal objetivo apoiar todos os artistas que pretendam trabalhar em parceria”, num local “dedicado à arte digital e seus componentes: música eletrónica do mundo, interatividade e videoarte”.

Outro dos objetivos “é mostrar que a música eletrónica deve ser tão respeitada como a música erudita” – Eshani Lasya menciona que “a experiência indica que infelizmente ainda é vista na sociedade portuguesa como um mero negócio ou associada a contextos marginais”. À data, a equipa do Temple LX não quer “criar objetivos muitos específicos”, mas tenciona “criar festivais que aliem a música eletrónica a outras formas de expressão artística e desmistificar assim alguns conceitos”. “Para já”, contam-nos, “pretendem que seja um espaço onde se come, bebe e respira música eletrónica variada e se abre as portas a novos artistas”.

Assim, podemos esperar por “uma programação eclética, com jovens talentos a quebrar o monopólio atual”, refere Lasya, acrescentando que a “tónica dominante será a variedade de atividades culturais: teatro, dança, performance, artes visuais, música acústica e electrónica, palestras, festas temáticas e festivais”.

“Ao longo dos últimos anos”, os responsáveis passaram por vários espaços antes de chegar a este Temple LX, como LX Factory, Convento do Grilo e EKA Palace. O “artista e empreendedor mexicano” 5TUSQAO7 é uma das mentes por trás do projeto, tendo sido ele o responsável por convidar o português Dilen, que, por sua vez, “trouxe consigo a equipa com a qual tem trabalhado”, composta por artistas visuais, bailarinos, fotógrafos ou designers, mais concretamente Eshani Lasya, Kalki Moksha, Jéssica Lou e Fábio Gomes.

Casa para a marca de roupa YANTRA e para o estúdio de dança EKA [ dance company ], o Temple LX quer ser “um espaço de referência a nível internacional” a médio e longo prazo, além de querer “replicar o projeto noutras cidades”. Mas para já, as atenções estão viradas para Lisboa, onde o projeto – cujo “nome é uma sátira a uma sociedade que consome freneticamente, comparando-se o consumismo a uma espécie de religião” – pretende valorizar a arte “acima de tudo”.

Este sábado, o espaço recebe o 8º aniversário da EKA, com conversas, DJ sets e muito mais a partir das 15h.

Fotografia retirada da página oficial no Facebook

relacionados

Deixa um comentário







t

o

p