“Logos Spy” é uma das provas de que o drum’n’bass (nacional) está bem vivo.
Outrora conhecido como Revolutionist, o artista das Caldas da Rainha lança um trabalho que deixa água na boca, não só dos amantes de drum’n’bass, mas também dos que procuram sonoridades com paisagens obscuras e cinemáticas.
“Logos Spy” traz consigo uma abordagem bem clara e nítida do que o género super-sónico retrata: drums, sampling, ambientes ansiosos e graves bem gordos. A sua atitude contemporânea transporta-nos para uma sonoridade do passado, mas que na verdade é, nada mais, nada menos, que o presente. Apesar das influências artísticas e musicais que carrega às costas de forma notável, a estética oriental e as baterias quebradas são características bem próprias da sua assinatura sonora.
O novo trabalho de Kiyotaki, segundo o próprio, “reflete o princípio de ordem e conhecimento (LOGOS), mediante os perigos do avanço tecnológico para a humanidade (SPY), atendendo ao facto de o mesmo serem utilizados para engenharia social e controlo populacional”. O artista revela ainda que este trabalho foi inspirado no livro de Michael E. Jones “Logos Rising”, e no manifesto de Ted Kaczynski “Industrial Society and Its Future”. Um lançamento proporcional aos tempos em que vivemos.
O EP de quatro faixas, editado a 12 de maio, está disponível no Bandcamp do artista.
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