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Diana A.

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Reportagem

A Nova Batida que bateu em Lisboa

27 Setembro, 2018 - 13:15

Foi no fim de semana de 14 a 16 de setembro que a primeira edição de Nova Batida teve lugar em Lisboa. Um festival já há muito anunciado pela produtora londrina SoundCrash, que começa agora a expandir-se pela Europa.

Para a primeira edição desta Nova Batida, a localização escolhida não foi aleatória. Sendo um festival com uma organização internacional, vindo de Londres, os espaços poderiam ter sido retirados de lá. Como tal, o LX Factory e o Village Underground Lisboa foram o pano de fundo. Antigas fábricas e armazéns, e um espaço homónimo em Londres, faziam parecer que não estávamos em Portugal. Para o último dia ainda houve direito a uma ida à praia em modo after party, com possibilidade de aulas de surf para os que assim desejassem.

No que toca à música, esta foi do mais variada possível. Em primeiro lugar, estava a acontecer em quatro espaços em simultâneo: LX Factory Main Stage e Terrace, e Village Underground Main Stage e Club. Durante o festival, que iniciava às 16h e terminava apenas às 6h, houve diversos momentos em que era necessário escolher o que se queria ouvir. No entanto, com o passar das horas, as opções iam ficando mais limitadas. Às 23h fechavam o Village Underground Main Stage e o LX Factory Terrace, que tinha sempre os beats mais groove. Quando às 4h terminava a música na sala do LX Factory, restava apenas o Village Underground Club para finalizar.

Vários djs e artistas transversais a várias gerações e diversos estilos de música fizeram parte do cartaz desta Nova Batida. A música eletrónica não era uma exclusividade, sendo que pelos palcos era possível encontrar reggae, ritmos africanos e muito mais. O importante era ser dançável. Para além disso, festas em barcos com diversos estilos de música eram mais uma oferta complementar do festival. Assim como tours, aulas de yoga e sugestões de onde comer e beber. Um festival que se completava de diversas maneiras.

A qualidade da música era, sem dúvida, indiscutível. Quase no final do primeiro dia, a atuação de George Fitzgerald fez-nos viajar pelo mundo das emoções. E de seguida Max Cooper fechou a sala com uma nova viagem, mas esta causada pela mistura de sonoridades. A pura definição de trip.

Para além destas, houve muitas mais de grande qualidade. Desde Mount Kimbie à banda Little Dragon, ou até Gilles Peterson com todos os seus ritmos, também portugueses como Mafalda ou DJ Marfox com a sua “eletrónica africana”, entre muitos outros, fizeram parte deste cartaz completo e especial.

Por fim, o ambiente que se viveu no Nova Batida também é de notar. Diria que estávamos em Londres (ou até em Berlim) e não em Lisboa. Uma multiculturalidade impressionante e um ambiente louco, mas tranquilo sem confusões. Quem lá estava queria apenas aproveitar para fazer o que seria o objetivo principal: dançar.

Entretanto, a organização já confirmou a notícia mais importante para a ressaca do Nova Batida: o festival está de volta à capital em 2019.


A fotografia é da organização (captada por Joana Horter)

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