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Reportagem

Boas vibrações e grooves de house no segundo Brunch Electronik desta temporada

10 Agosto, 2019 - 11:51

Coube a Penélope, Nox, Jean Pierre e Luciano a tarefa de pôr todos a dançar na Tapada da Ajuda no segundo domingo de Brunch Electronik Lisboa.

O calor que se sentia em Lisboa a 4 de agosto convidava-nos a ouvir música e dançar para lá do pôr do sol na Tapada da Ajuda, algo que já se tem tornado um hábito saudável. Este ano, a organização procurou melhorar as condições do recinto ao realocar o palco para a extremidade do vale, de frente para o areal, perto da entrada principal do Brunch Electronik.

Pelas 14h, Penélope encarregava-se de dar início à música no Brunch. Os dispersores de água e o deep house da dj francesa eram os refrescos que atenuavam o calor. Ainda com poucas pessoas na pista, muitos aproveitavam para comprar tokens e usá-los nos bares com os seus copos reutilizáveis, uma prática já completamente estabelecida pelo festival, que se distingue pelo seu “Sê-lo Verde”, do programa Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente.

Nox entrou em ação às 16h, hora em que mais público começava a chegar. Com algum vento a levantar e com os grooves sublimes do homem da Fuse Records, a energia que se sentia na pista de dança era contagiante. Pelo recinto, existe o já habitual espaço para crianças com insufláveis e staff a realizar atividades com os mais novos. Junto dessa área, encontram-se bebedouros de água e algumas bancas, sendo que uma dessas pertence à associação rede ex aequo, que promove a inclusão e fornece apoio à comunidade LGBTI.

Com as boas vibrações do extraordinário sistema de som e a seleção de música rica em tonalidades extrovertidas, provocantes e sensuais por parte de Jean Pierre, que sucedeu Nox, o dj nova-iorquino fez erguer o entusiasmo geral na pista. Pelas 17h30, já o recinto estava com uma excelente adesão. Muitos eram os que dançavam com os copos elevados na cabeça, outros acompanhavam os beats das músicas com palmas, outros simplesmente fechavam os olhos e sentiam as boas vibrações deste segundo Brunch Electronik.

Os ritmos sul-americanos das raízes colombianas de Jean Pierre foram um bom presságio para o ato que se seguiu. O pôr do sol aproximava-se e era bem visível os sorrisos nas caras. Luciano, o homem da tarde e noite. Por volta das 19h, a expectativa era muita, mas depois da rápida e eficaz transição dos set-ups de cada dj, a dança foi homogénea e exorbitante. O dj suíço pôs toda a gente no pico das emoções com o seu set, juntando ritmos de techno e house tribal, grooves bem deep e hipnóticos, além de build-ups absolutamente estrondosos.

O pôr do sol estabelece uma sombra ideal para os brunchers desfrutarem dos espaços. Sempre gesticulando para a pista, Luciano é um experiente dj que mistura sons de várias origens do mundo. O groove nunca parou, com a percussão sempre a destacar-se ao lado de um bass limpo e notavelmente vibrante.

Perto das rulotes de comida, pelas 20h já haviam muitos festivaleiros a saciar a fome. Afinal de contas, a alimentação também é um fator importante. Outros aproveitaram o areal para ter a vista privilegiada sobre o palco e a pista, para repousar e recuperar forças enquanto a maior parte das pessoas aproveitava o set revigorante de Luciano desde o dancefloor. De facto, é notória a transversalidade do dj na música house que escolhe.

Às 22h, Luciano recebeu uma calorosa ovação, que ecoava pelo espaço do Brunch. A maioria do público ia permanecendo para gastar os últimos tokens e evitando alguns constrangimentos à saída, dispersando a multidão que está de coração cheio com este belíssimo dia passado na tapada da ajuda. Depois disso, a festa prosseguiu no Kremlin.

O próximo Brunch Electronik acontece já neste domingo 11 com Jeff Mills, Ellen Allien, Waajeed (dj) e Mashkov.


Fotografia por Rubén José

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