Peça-chave do afrobeat, Tony Allen faleceu na quinta-feira em Paris.

A morte do incontornável baterista foi confirmada pelo seu manager Eric Trosset à Agence France-Presse. “Não sabemos a causa exata”, disse Trosset, que referiu ainda que o nigeriano “estava em boa forma”.

Ao lado do compatriota Fela Kuti, nos anos 60, Tony Allen ajudou a criar o afrobeat, um género que combina vários elementos de música africana, e até americana, como jazz. Com Kuti, que certa vez afirmou que “sem Tony Allen não haveria afrobeat”, gravou dezenas de álbuns assinados pelo influente e revolucionário grupo Africa 70. Curiosamente, quando Kuti e Allen se separaram, o primeiro teve de incluir quatro percussionistas para conseguir ocupar o lugar do famoso baterista nigeriano.

Ao longo da carreira, Allen, autodidata que começou a tocar bateria aos 18 anos, colaborou com vários músicos, incluindo Damon Albarn, Simon Tong, Jimi Tenor ou Jeff Mills. “Provavelmente o melhor baterista que já viveu”, disse certa vez Brian Eno.

A última passagem de Tony Allen por Portugal foi em julho do ano passado, aquando do concerto com Jeff Mills, com quem editou Tomorrow Comes The Harvest (2018), na Casa da Música, no Porto. Este verão, iria tocar novamente ao lado do The Wizard no Lisb-On Jardim Sonoro, festival onde atuou em 2017.

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