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Nuno Vieira

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Receitas de discos em vinil devem superar as de CDs em 2021

24 Março, 2021 - 18:13

Pelo menos no Reino Unido, segundo uma antevisão feita pela Indústria Fonográfica Britânica.

Pela primeira vez desde 1987, é expectável que as editoras registem receitas superiores com vendas em vinil do que em CD. Esta é uma previsão da Indústria Fonográfica Britânica (BPI) e, como tal, diz respeito ao que é expectável acontecer no Reino Unido, em 2021.

Por lá, em 2020, nem tudo foi mau. A venda de música em vinil atingiu o máximo registado nas últimas três décadas: um volume de 4.8 milhões de discos vendidos. Isto corresponde a uma receita total de 86 milhões de dólares para as editoras britânicas, bem como um aumento de 30% quando comparado com o ano transato. Pelo contrário, as vendas em CD decresceram perto de 19%. Ainda assim, o volume de vendas destas últimas foi de 16 milhões. É o mesmo que dizer que a cada 5 álbuns comprados no Reino Unido, um deles é em vinil.

Geoff Taylor, diretor executivo da BPI, afirmou que “o confinamento afetou, inevitavelmente, os balanços financeiros de 2020. Contudo, ao contrário de outros segmentos da indústria que foram afetados gravemente, a aparente conetividade possível através do streaming e o permanente amor pelo vinil possibilitaram que a música editada fosse salvaguardada dos piores efeitos possíveis, e ainda conseguisse crescer”.

Como percebemos, a tendência no Reino Unido não é necessariamente a mesma na Europa, muito menos em Portugal. Apesar disso, em 2020, também a Discogs, conhecida como a maior plataforma de compra e venda de música (em formato físico) registou um aumento considerável, e a nível global, das suas vendas. No total, foram cerca de 16 milhões as “peças” de música adquiridas por esta via. Um aumento de 40% face ao registado no ano anterior, sendo que a venda de música em vinil foi responsável por 73.4% do total das vendas.

Ainda que vindos do exterior, estes são motivos (e números) que nos provam que “os consumidores de música tangível são resilientes, ativos e entusiastas”, como se pode ler no balanço que a plataforma Discogs fez em 2020. Engane-se quem pensar o contrário.

Photo by James Sutton on Unsplash

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