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Nuno Vieira

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Notícias

Azaruja: a aldeia alentejana onde uma praça de touros vai renascer como centro cultural

14 Junho, 2021 - 12:27

A ideia é da Associação Zaratan que, com sete anos de experiência na produção cultural, se prepara para fazer o que nunca tinha sido feito.

A Zaratan é uma Associação Cultural sem fins lucrativos, tal como muitas outras, sediada no centro de Lisboa. Fundada em 2014, conta com centenas de exposições, residências artísticas e concertos. De entre todos os projetos, o último é o mais ambicioso, ou não se tratasse da “reconstrução da mais antiga praça de touros de Portugal, instalada na aldeia da Azaruja, no Alentejo”, tal como se lê na apresentação do projeto.

O plano é tornar a praça de touros, em ruínas há mais de um década, num centro artístico e cultural. Para o efeito, foi lançada uma ação de crowdfunding para auxiliar na concretização da obra, prevista em 250 mil euros. Apesar do valor elevado, já contam com uma doação que ronda os 100 mil euros. No que diz respeito às licenças e outros trâmites burocráticos tudo parece alinhado. Como deixam expresso no site oficial, “a diferença na concretização é uma questão de tempo: podemos levar mais de 10 anos para fazermos nós mesmos, ou podemos estar totalmente ativos em dois anos com mais apoio”.

A empreitada tem muito que se lhe diga. Desde logo a sua razão de ser, diretamente relacionada com a necessidade de a associação crescer e conseguir realizar eventos para um maior número de pessoas. Intenções essas que viram frustradas na capital, onde nos últimos anos observaram “o surgimento e o desaparecimento de muitos espaços de arte independentes que acabaram por sucumbir a esta economia e à consequente gourmetização de Lisboa”.

Chegado o momento de mudar, a Zaratan decidiu “apontar para as estrelas” e o lugar escolhido foi “a primeira praça de touros portuguesa edificada”, onde perspetivam levar a cabo festivais, performances, eventos multimédia, bem como redes de trabalho, de criação e de formação. Tudo sustentado em torno de uma ideia de renascimento da aldeia alentejana.

Com esta convicção, uma coisa parece certa: a praça de touros vai mesmo virar centro cultural.

Para mais informações e detalhes sobre o crowdfunding aconselhamos a consultar o site da associação.

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