Um piscar de olho aos anos 90 por meio de um selo que ajudou a marcar essa década.

Pela primeira vez a lançar por uma editora estrangeira, Inês Duarte pôs cá fora “30 Minutes” no passado dia 22 de junho. O EP tem duas faixas e foi editado pela Crib Records, importante editora da cena progressiva dos anos 90 que tem voltado à atividade.

É um trabalho que “mantém a energia e espírito da cena dos anos 90”, mas que reflete o próprio “estilo e elegância” da portuguesa, diz ainda a editora. Nas palavras da própria Inês Duarte à A Cabine, é “a sua continuação duma tradição do progressive e tech house dos 90s e early 00s.”

“As designações ‘progressive house’ e ‘tech house’ hoje em dia já nada têm a ver com o que eram”, reflete Duarte, “e é a esse tipo de som de décadas anteriores que vai inegavelmente buscar muita influência, sempre à luz da modernidade.”

A história deste “30 Minutes” não se fica por aí, trabalho cujo primeiro tema foi feito durante um dia inteiro após uma noite no Lux Frágil. Inês Duarte conta ainda como tudo “foi um feliz acaso”: contactou a editora “para se juntar à promo list” e isso resultou “na curiosidade do Kevin Mason (Phantom Power), que investigou a sua música e assinou logo o EP no mesmo dia.”

Apesar de este ser o primeiro EP fora de portas, a DJ residente do Lux Frágil tem outros trabalhos de produção lançados. No início de junho, por exemplo, assinou “Just Trying” pela nacional Be Positive. No currículo, contam-se também alguns singles pela FAINA e participações em compilações de labels como a ELBEREC.

Pelo menos por agora, “30 Minutes” está disponível em exclusivo no Bandcamp:

Fotografia por Vera Marmelo