É também o regresso à Sucata Tapes depois de editar por lá “Celas Death Squad” em 2018.

Bruno Silva voltou a vestir as peles de Serpente para lançar “Cornos” no passado dia 1 de dezembro. O momento assinalou também o regresso do músico à Sucata Tapes, sub-label da Discrepant que editou este álbum em versão digital e, claro está, em cassete.

Ao longo de cerca de 40 minutos e ao lado de Filipe Felizardo em Em Falta e de Kepla em Idos de Setembro, a exploração de ritmos típica de Serpente volta a estar presente. Mas não é só. Via email, o próprio explica que este é um “álbum mais directo e a palpitar com uma certa urgência do que os anteriores, um reflexo possível das poucas aparições a solo ao longo deste último ano lectivo e uma tentativa de superação” deste “devastador ano da graça de 2023”.

Também não é a primeira vez que a música de Bruno Silva chama a atenção lá fora, seja com este ou outro pseudónimo. Na crítica que a Boomkat dedicou a “Cornos”, por exemplo, Serpente é apelidado como “um dos projetos mais interessantes de Portugal nos últimos anos”. Com este nome, Silva pôs cá fora uma série de discos aclamados, por cá e não só, como é caso de “Parada” (2019) e “Fé/Vazio” (2020), ambos pela Ecstatic, ou “Dias da Aranha” (2022), pela Souk Records, também esta uma sub-label da Discrepant.

E a sua história está longe de ficar por aí. Como Ondness, esteve também por trás de vários trabalhos desde o início da década passada, lançados por selos como a alemã Noorden ou as portuguesas Discrepant e Holuzam. Entre outras aventuras, como a dupla Sabre, é ainda conhecido por integrar os Má Estrela ou por tocar guitarra n’O Carro De Fogo De Sei Miguel.

Com artwork assinada por AJD e masterização por Carlos Nascimento, “Cornos” está disponível digitalmente no Bandcamp e restantes plataformas de streaming. Por cá, por agora, a cassete pode ser encontrada na Flur, em Lisboa.

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