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N’A CABINE #035: Floating Machine

13 Setembro, 2021 - 12:30

O 35º episódio do nosso podcast chega com assinatura de Floating Machine, coimbrense que gosta de nos levar até às profundezas para fazer dançar.

Chama-se António Lourenço, mas é como Floating Machine que o conhecemos melhor. Aliás, é como Floating Machine e como membro da dupla Code Therapy, que partilha com Crennwiick.

Neste projeto, com o qual o coimbrense foi convidado para o nosso podcast, este DJ e produtor – que também atua muito em formato live – anda pelas profundezas da música techno, muitas vezes com inspirações dub ou até ligeiros toques trance.

Neste episódio, como nos explica na entrevista que podes ler abaixo, o músico decidiu apresentar aquilo “que tem produzido ao longo destes anos com algumas experiências pelo meio”. É um set “constituído maioritariamente por músicas de Floating Machine”, mas que inclui também uma música de um EP que assinalará a estreia da sua nova dupla Teixo, que divide com Vélez.

Aperta play abaixo para entrares nesta viagem que acontece bem longe da superfície, sempre com um lado hipnótico e mental bem acentuado.

Conta-nos, António: consegues recordar o teu primeiro contacto com a música? E com a música eletrónica?
Sempre estive ligado à música e desde muito novo aprendi a tocar instrumentos musicais, como saxofone, guitarra ou teclas. Mas o primeiro contacto com a música electrónica aconteceu através da RUC (Rádio Universidade de Coimbra) e com alguns amigos que na altura vinham de Londres e traziam K7 ou Cd para ouvirmos.

Como é que chegaste até Floating Machine e a projetos como a dupla Code Therapy?
Floating Machine é o meu projecto pessoal, comecei como DJ de ambient/chill out, passando depois para sons mais dançantes… a produção apareceu mais tarde devido à necessidade que tinha de criar e à paixão que tenho pela música.

Sempre gostei de géneros musicais muito distintos desde o techno ao ambient, trance, dub, jazz, world music ou clássica e tento ao máximo captar um pouco de tudo nos meus sons. Floating Machine é um projecto mais mental e introspectivo e onde procuro chegar sempre a novas sonoridades, já Code Therapy é um projecto de psy techno, mais alegre e virado para a festa e pistas ao ar livre. Este projecto começou com uma remix que fiz para CrennWiick, em que gostámos tanto do resultado e da fusão entre os nossos diferentes sons que decidimos continuar a fazer música em conjunto.

Associamos a ti um lado mais hipnótico, mas diz-nos tu: quais são as tuas influências e o que é que te inspira dentro da música eletrónica?
Como disse antes, busco inspiração em muitos géneros distintos, nem todos electrónicos, e é complicado apontar preferências, mas sem dúvida a Hypnus Records é uma editora que me inspira profundamente, principalmente pela sua beleza mais assente na simplicidade. Mas há muito boa música por aí que me inspira diariamente. Há também um nome que não posso deixar de salientar, Murcof, pois quando o vi tocar pela primeira vez, tudo mudou na minha maneira de ver o som e marcou radicalmente a minha produção.

Tens vários trabalhos publicados por aí. Há algum que destaques, algum que possa ser um ponto de partida para os nossos leitores te conhecerem melhor?
Destacaria o meu último EP “Amanhecer”, que saiu na Circular Limited, principalmente por ser o mais recente e por ser o que está mais próximo das sonoridades com que me identifico atualmente.

Nos próximos tempos, podemos continuar a contar com lançamentos de Floating Machine? Há planos alinhados?
Como Floating Machine ainda não tenho nada definido. Mas devo editar ainda este ano uma banda sonora que fiz para uma peça de teatro do colectivo DEMO (Dispositivo Experimental, Multidisciplinar e Orgânico) de nome Armadilha, com sonoridades um pouco diferentes, sem dúvida um projecto em que tive muito prazer em participar. No final de Setembro também sairá o primeiro EP dum novo projecto que tenho com o Dj Vélez, de nome Teixo, a sair na editora mexicana Secuencias Temporales.

Em que consiste a tua preparação antes de uma atuação – se é que a fazes, claro? Como é que encaras o teu papel enquanto músico e DJ?
A maior parte das vezes toco live set, a minha principal preocupação antes da actuação é tentar conhecer o ambiente da pista onde vou tocar ou o que o público poderá desejar. O meu objectivo principal é tentar proporcionar diferentes experiências sonoras aos ouvintes e transportá-los para uma flutuação cósmica.

O que é que decidiste fazer para este podcast?
Este podcast é uma pequena apresentação do que tenho produzido ao longo destes anos com algumas experiências pelo meio. É constituído maioritariamente por músicas de Floating Machine mas também inclui uma música do novo EP de Teixo e alguns loops. É um set dançante mas que também dá para ouvir no sofá. Espero que gostem.

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