O trabalho assinala o regresso da dupla aos discos e à Nonplace.
Mais de dois anos após “Eurydike”, o portuense João Pais Filipe e o alemão Burnt Friedman voltaram a juntar-se para um novo disco. “Mechanics Of Waving” é o primeiro volume de “Automatic Music”, estreou no dia 17 e é fruto de “uma longa operação de quatro anos.”
Este conceito de “automatic music” já era, aliás, um conceito que o duo havia apresentado em “Eurydike”, disco editado também pela Nonplace. Trata-se de uma falsa repetição baseada em todos os pormenores de timbres, ritmos ou de harmonia que entram numa relação estreita com os processos eletrónicos que vão sendo feitos.
Aqui, pode ler-se nas notas oficiais, “a oferta de liberdade pode ser vista como uma forma de entrar em contacto com a necessidade”, isto porque aqui olha-se mais para a ação e o método em vez de o foco estar na “astúcia individual ou na exibição de musicalidade.”
Inspirado em infrassons raros e na descoberto dos “princípios dos fenómenos rítmicos ao mesmo tempo que desassocia a música das expressões culturais”, o trabalho é mais um dos frutos de dois nomes que, embora tenham muito currículo a solo, estão bem habituados a colaborar com outros músicos – olhe-se para o português, por exemplo, que em 2020 lançou um novo disco ao lado de Rafael Toral.
É ainda de notar que este duo é um dos atos confirmados para o regresso do festival Boom a Idanha-a-Nova. O espetáculo está marcado para 28 de julho.
Com edição em vinil ainda por sair, “Automatic Music Vol.1–Mechanics Of Waving” pode ser encontrado nas plataformas digitais.
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