AUTOR

Daniel Duque

CATEGORIA
Podcast

N’A CABINE #006: RLVS

31 Maio, 2018 - 18:00

RLVS é João Relvas, dj nascido em Coimbra mas a residir em Lisboa. Ele é o sexto convidado de N’A CABINE, e marca este episódio com sonoridades negras que criam, ao longo de 70 minutos, um ambiente altamente magnético.

Em 2011, começa a aventurar-se, “em casa”, na mesa de mistura depois de começar a “interagir mais com o meio” quando muda para a capital. Mas o gosto pelo lado eletrónico surge antes disso, não fosse hábito dele ouvir “bandas como Depeche Mode, New Order, Cabaret Voltaire ou Kraftwerk”.

É designer gráfico de profissão, mas seria impossível ficar afastado da música eletrónica. Tudo dela o atrai: as “constantes mutações que sofre”, “a capacidade de surpreender” ou o lado sempiterno. RLVS diz que tudo isto o leva “a uma constante pesquisa e descoberta”, e por isso mantém-se atento ao que se passa pelo país “e não só”.

O coimbrense baseado em Lisboa não gosta de descrever a música que seleciona, até porque, apesar da predominância do techno, há outros fatores que influenciam esse momento, como a intuição e espontaneidade que apresenta na cabine, ou o seu “estado de espírito” e o do público. Além de aliar isso às “experiências de vida”, RLVS afirma que adora “todo o tipo de arte”, reconhecendo a importância pessoal de “beber um pouco de cada uma”.

Olha para a cena portuguesa como uma das mais efusivas, para clubes como Gare e Lux Frágil como espaços inigualáveis, e para os nossos artistas como excelentes referências daquilo que pode ser feito em Portugal. A Thousand Details, Lewis Fautzi, Norbak, Temudo ou VIL são alguns dos nomes que refere quando a conversa circunda os portugueses.

No ano de 2015, fundou a Music Chemistry na sua terra natal, levando até lá artistas como Adriana Lopez, em parceria com a Cosanostra Coimbra, ou Antigone. Mais recentemente, tem participado em projetos como a NAME, onde já atuaram nomes como Cleric ou SNTS, e a Contakt. RLVS tem os seus objetivos traçados, mas gosta de viver um dia de cada vez e “usufruir o presente”.


O presente, neste caso, passa por RLVS a criar uma atmosfera que nos agarra a este episódio desde os primeiros instantes, e que se desenvolve para uma odisseia que nos obriga a abanar a cabeça e o corpo – mesmo que de olhos fechados.

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